Mercado

MRV (MRVE3): Conselho dá aval para recompra de ações

O montante autorizado para essa recompra equivale a 6.082.426 ações ordinárias

A MRV (MRVE3) comunicou ao mercado, nesta quinta-feira (28), que o seu Conselho de Administração deu o aval para a recompra de ações, com o propósito de cancelamento, retenção em tesouraria e futura alienação, ou para a realização de novas operações envolvendo derivativos lastreados em ações emitidas pela empresa. O montante autorizado para essa recompra equivale a 6.082.426 ações ordinárias.

O limite estipulado, somado à quantidade de ações já retidas em tesouraria e àquelas envolvidas em outros contratos derivativos celebrados pela Companhia, representa, na data atual, cerca de 8,06% do total de ações da empresa em circulação no mercado.

A concessão dada pelo Conselho de Administração para a realização das futuras operações a serem formalizadas pela Companhia permanece válida até o dia 26 de junho de 2025.

Venda de ativos

A MRV comunicou a finalização da transação do empreendimento Biscayne Drive, situado na Flórida, EUA, pelo Valor Geral de Venda (VGV) de US$ 55,2 milhões, resultando em um Lucro Bruto de US$ 7,2 milhões e uma Taxa de Capitalização (Cap Rate) de 6%.

A Resia realizou reinvestimentos estratégicos para preservar sua participação de 30% na propriedade Biscayne Drive, antecipando a intenção de vendê-la em 2025. Com uma estimativa de Taxa de Capitalização (Cap Rate) de 5,75%, essa operação poderá resultar em um ganho adicional de aproximadamente US$ 11 milhões.

MRV (MRVE3): Santander (SANB11) reduz preço-alvo 

As ações da MRV (MRVE3) tiveram seu preço-alvo reduzido de R$ 20 para R$ 16 pelo Santander (SANB11). Em documento, o banco revisou suas estimativas de lucro para a empresa e previu um cenário mais desafiador para a Resia, subsidiária que atua na construção de prédios residenciais para locação nos EUA.

Segundo o Santander, a previsão do resultado líquido para a MRV&Co é de R$ 501,2 milhões em 2024 e de R$ 1,1 bilhão em 2025, baixas de 40% e 27% em relação às projeções anteriores.

Além disso, a instituição financeira vê um cenário mais desafiador, no curto prazo, para o mercado de multifamily nos EUA, que consiste na construção de imóveis nos quais todas as unidades ou apartamentos são destinados à locação.

Apesar do pessimismo, a recomendação de compra da MRV foi mantida pelo Santander, “tendo em vista o turnaround (dar a volta por cima) das operações no Brasil, o balanço mais forte e o valuation bastante descontado”.