De acordo com as contas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o calendário está a favor do comércio em 2024. Com menos feriados nacionais caindo em dias úteis, o prejuízo gerado pela abertura nas festividades deve somar R$ 27,92 bilhões. A cifra é quase 4% menor na comparação anual, quando o rombo foi de R$ 28,99 bilhões.
Na prática, é cerca de R$ 1 bilhão a menos de prejuízo, algo importante em um segmento que anda com desempenho apertado.
Levando em conta o dia da Consciência Negra, que será feriado nacional a partir do ano que vem, 2024 terá 7,5 dias de feriados móveis que cairão em dias úteis, ante 8 em 2023. O número quebrado em dias úteis é justificado porque o estudo da CNC considerada meio expediente de trabalho nos feriados nacionais que caem aos sábados.
“O impacto principal do calendário de feriados é sobre a lucratividade do comércio”, disse Fabio Bentes, economista da CNC e responsável pelo estudo. Cada feriado reduz a rentabilidade média do comércio como um todo em 1,29%, explicou o economista.
Segundo cálculos da CNC, considerando todas as atividades econômicas (não apenas o comércio), cada feriado nacional do calendário brasileiro tem impacto negativo de 0,12% no Produto Interno Bruto (PIB).
CNC: vendas do varejo deverão ter crescimento de 1,5%, em 2024
O varejo nacional deverá ter crescimento real do volume de vendas, isto é, descontada a inflação, de 1,5% em 2024, contra 1,8% estimados para 2023. Em fala à “Agência Brasil”, o economista Fabio Bentes, da CNC (Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo), afirmou que a diferença decorre da expectativa de que o PIB (Produto Interno Bruto).
“Este ano, o PIB deve crescer em torno de 3% e, no ano que vem, a expectativa é em torno de 1,7% a 1,8%. Isso quando a gente analisa o dado geral”. Segundo Bentes, quando se analisam os segmentos do varejo, há uma mudança na composição desse crescimento. “Porque em 2023, os segmentos que dependem de crédito tiveram uma performance muito ruim”.
O economista ainda explicou que, enquanto na média do comércio, o volume de vendas está crescendo 1,6% este ano, nos segmentos que dependem de crédito, como materiais de construção, as vendas estão caindo 2,1%; no setor de vestuário e calçados, -6,7%; no setor de artigos de uso pessoal e doméstico, -11,3%.
Por outro lado, quando se avalia o consumo essencial, que envolve segmentos que não dependem tanto do crédito, verifica-se crescimento de 4,9% em combustíveis e lubrificantes; de 4,3%, em farmácias, drogarias e perfumarias; e de 3,8% no setor de supermercados. “Há uma composição bem diferente”, disse o economista da CNC.