Política

Pochmann: Brasil pode se aproximar do pleno emprego em 2026

Pochamann diz que o Brasil precisa manter o mesmo dinamismo econômico

O presidente do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), Marcio Pochmann, afirmou na noite de segunda-feira (1º) que o mercado de trabalho brasileiro pode se aproximar do pleno emprego em 2026.

“Após a covid, a economia brasileira voltou a recuperar o nível de atividade ao ritmo de 3,6% ao ano, em média. Com isso, a ocupação acumulou o crescimento de 19,6% entre 2021 e 2023, o que permitiu reduzir em 35,4% o número total de desempregados. Se mantiver o mesmo dinamismo econômico, o País poderá chegar ao ano de 2026 com a ocupação quase plena da força de trabalho”, disse Pochmann, em postagem nas redes social.

“Um trunfo extremamente positivo, comparável à realidade do mundo do trabalho observada em 2014, 12 anos depois. Mas nem tudo é alvissareiro. A questão que emerge é a qualidade da ocupação gerada no País”, observou Pochmann, na postagem na rede social”, acrescentou.

O IBGE divulgou na semana passada que a taxa de desemprego no País caiu de 7,6% no trimestre terminado em outubro para 7,5% no trimestre encerrado em novembro, menor resultado desde fevereiro de 2015, segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua).

IBGE: capitais perdem espaço e economia fica menos concentrada

Ao longo dos últimos anos, a economia brasileira tem se mostrado menos concentrada, com grandes cidades perdendo importância no PIB (Produto Interno Bruto). Essa constatação é revelada pelo estudo PIB dos Municípios, divulgado em 15 de dezembro pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

O levantamento mostra que, em 2002, apenas quatro cidades – São Paulo (12,7%), Rio de Janeiro (6,3%), Brasília (3,6%) e Belo Horizonte (1,6%) – representavam cerca de um quarto do PIB nacional. Já em 2021, 11 cidades formavam esse grupo, correspondente a aproximadamente 25% da economia.

Em 2021, além de São Paulo (9,2%), Rio de Janeiro (4%), Brasília (3,2%) e Belo Horizonte (1,2%), entraram na lista Manaus (1,1%), Curitiba (1,1%), Osasco (SP) (1%), Maricá(RJ) (1%), Porto Alegre (0,9%), Guarulhos (SP) (0,9%) e Fortaleza (0,8%).

Em 2002, era preciso somar as riquezas de 48 cidades para se alcançar 50% do PIB. Em 2021, esse número saltou para 87, mostrando um país menos concentrado.

No outro extremo 1.383 municípios correspondiam a cerca de 1% do PIB nacional, em 2002. Em 2021, esse número caiu para 1.306, ou seja, a base da pirâmide ficou mais estreita, menos desigual.