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Ações de bancos despencam com vigência de novo rotativo 

Ações do setor bancário contribuíram para a fraco desempenho do Ibovespa na primeira sessão de 2024

As ações dos grandes bancos fecharam em acentuada baixa no pregão do Ibovespa desta terça-feira (2), e contribuíram para a fraco desempenho do índice na primeira sessão de 2024, após sucessivas altas na semana passada.

No setor bancário, o Itaú (ITUB4) desvalorizou 1,28%, enquanto o Banco do Brasil (BBAS3) caiu 1,14%. Já o Bradesco (BBDC4) recuou 1,99%, e o Santander (SANB11) apresentou queda de 0,77%.

A queda é atribuída a reação das instituições financeiras ao início da vigência da nova regra do juro no rotativo do cartão de crédito, que não poderá ultrapassar 100% do valor principal da dívida. Dessa forma, a dívida total de quem atrasa a fatura do cartão de crédito não poderá superar o dobro do débito original. Atualmente, os juros do rotativo estão na casa de 430% ao ano.

A agência de avaliação de risco Moddy´s, avalia que a nova regra é negativa para a rentabilidade futura dos bancos. Em relatório, a agência diz que a limitação da dívida restringirá o crescimento ou reduzirá as cobranças de juros e receitas das operações de cartão.

“Os volumes de transações serão afetados negativamente pelo apetite de risco reduzido dos bancos para emitir cartões para novos clientes, especialmente para os de baixa renda”, diz a Moody’s. “Os bancos têm reduzido o apetite de risco para esse segmento dado o nível ainda muito alto das taxas de juros e o endividamento recorde das famílias.”

Ibovespa começa 2024 em queda; dólar sobe

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, encerrou a terça-feira (2) em queda de 1,11%, aos 132.696 pontos. Já o dólar comercial subiu 1,28%, cotado a R$ 4,91.

No cenário local, o Banco Central divulgou nesta terça-feira o primeiro boletim Focus deste ano. Economistas do mercado financeiro preveem que o País feche o ano de 2024 com inflação de 3,9%, crescimento econômico de 1,52% e com o dólar cotado a R$ 5.

No exterior, o dia é de reforço global do dólar e valorização dos rendimentos das Treasuries norte-americanas, com expectativa pela ata da reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central dos EUA), que será divulgada na quarta-feira (3).