O Itaú BBA reforcou, nesta segunda-feira (8), sua recomendação de compra para as ações do BTG Pactual (BPAC11), estabelecendo um preço-alvo de R$ 43 a ser alcançado até o final de 2024. “O BTG continua sendo uma das principais participações financeiras do Brasil para nós em 2024″, afirmaram os analistas.
“O banco oferece um atraente crescimento de lucros de 22% em relação ao ano anterior e um potencial múltiplo de P/E de alta dos atuais 11x versus os limites superiores históricos de 14x-16x. A confiança na execução também aumentou após a entrega de ROE de quase 23% no adverso 2023. Acreditamos que uma maior expansão da rentabilidade pode ser alcançada. O banco tem um balanço mais forte e muito mais barcos nas águas do que deveria ser um mar melhor este ano. Ajustamos as estimativas e ajustamos nosso valor justo YE24E para até R$ 43/ação, o que implica 13x P/L ’24 ou 11x olhando para os lucros de 2025. Mantemos nossa classificação de desempenho superior”, afirma o analista Pedro Leduc.
De acordo com os analistas do banco, existe potencial para benefícios adicionais, uma vez que o banco demonstrou um desempenho sólido mesmo em um cenário de taxas de juros elevadas.
“O comportamento histórico sugere 13x-15x em “ciclos de alta” ou períodos de taxas de juro de longo prazo muito mais baixas. O aumento da confiança na execução (após o difícil ciclo de mercado de 2022-23) e a redução da volatilidade dos lucros provavelmente também apoiarão um múltiplo de longo prazo mais elevado. Nosso preço-alvo para o ano de 2024 de R$43 (contra R$ 41 anteriormente) sugere 13x P/E ’24E, ou 11x quando olhamos do ano de 24 para os lucros futuros de 2025. Com múltiplas assimetrias ascendentes positivas e um bom carry, o BTG continua sendo um de nossas principais escolhas nas finanças do Brasil para 2024.”, reforça o analista.
BTG (BPAC11): planos de saúde subiram até 5 vezes mais que inflação
O BTG Pactual (BPAC11) divulgou nesta semana que empresas de planos de saúde reajustaram em quase 26% seus preços em 2023, para uma inflação medida pelo IPCA de estimados 4,72% para o ano.
No caso da SulAmérica (SULA11), o aumento foi de 25,8%. No Bradesco, ficou em 22,6% e na Amil, em 21,6%. Na média, os convênios médicos ficaram 15% mais caros.
Índices gerais de preços como o IPCA, que mede a inflação oficial do Brasil, têm pouca aplicação nos diversos segmentos desse setor. Os reajustes dos planos de saúde individuais e familiares, por exemplo, são fixados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Para 2023, esse aumento foi limitado a 9,63%.
Os aumentos de até 26%, por sua vez, foram aplicados a planos por adesão e corporativos, nos quais as negociações são feitas diretamente entre as operadoras e as empresas contratantes. Houve, contudo, casos de elevações menores, como na Unimed Nacional, de 13,5%.
A Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) afirma que os reajustes refletem a variação das despesas com assistência, afetada pela inflação da saúde, que não segue o mesmo ritmo dos demais setores. Além disso, alega a FenaSaúde, também pesam sobre os preços do segmento itens como a “obrigatoriedade da oferta de tratamentos cada vez mais caros, com doses, em alguns casos, a cifras milionárias, a ocorrência de fraudes e a judicialização do setor” (quando os usuários recorrem à Justiça para garantir o tratamento de uma doença).