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Vale (VALE3): Itaú BBA corta preço-alvo

Ao considerar o retorno total para os acionistas, incluindo o rendimento de dividendos, esse potencial de valorização atingiria 35% em 2024

Diante de um 2023 marcado pela frustração das expectativas dos investidores em relação à velocidade de recuperação da economia chinesa, principal demandante dos produtos da Vale (VALE3), os analistas começaram a revisar suas projeções para a mineradora brasileira.

Em um relatório divulgado aos clientes e ao mercado, o Itaú BBA revisou suas projeções, mantendo a classificação de “outperform” (desempenho acima da média), equivalente à recomendação de compra. O banco destacou que visualiza um potencial de valorização de cerca de 20% para as American Depositary Receipts (ADRs) da Vale. Ao considerar o retorno total para os acionistas, incluindo o rendimento de dividendos, esse potencial de valorização atingiria 35% em 2024.

Apesar de ser considerada a principal escolha no setor de Siderurgia e Mineração da América Latina, o preço-alvo foi reduzido de US$19 para US$18, de acordo com o relatório divulgado pelo Itaú BBA aos clientes e ao mercado.

De acordo com os analistas Daniel Sasson, Edgard Pinto de Souza, Marcelo Furlan Palhares e Barbara Soares, a expectativa é de que a dinâmica do mercado permaneça restrita ao longo deste ano.

“A revisão para baixo ocorre principalmente devido à incorporação da revisão para cima do guidance de investimentos da Vale e aumento de nossas premissas de custo de capital, que mais do que compensaram os melhores resultados operacionais impulsionados pelo aumento do preço da nossa curva de minério de ferro”, detalham. O banco estima preço mais alto do minério de ferro em US$120 por tonelada, contra US$110 anteriores.

A projeção para o Ebitda da empresa para o corrente ano foi ajustada para US$20,4 bilhões, representando um aumento de 5% em comparação com a estimativa anterior.

Às 15h25 (horário de Brasília), as ações da Vale recuavam 1,36%, a R$72,32.

Vale (VALE3): 2024 começa mal, mas bancos ainda recomendam compra

As ações da Vale (VALE3) começaram 2024 acumulando uma queda de 5%. O panorama não é bom para a mineradora, que saiu de 2023 também com queda de 5,73%. Apesar do cenário atual, o Itaú BBA e o Morgan Stanley reafirmaram suas boas expectativas para a mineradora, considerando, principalmente, o preço-alvo do minério de ferro.

Por volta das 11h15 (horário de Brasília), desta quarta-feira (10), as ações da Vale (VALE3) estavam em queda de -1,34% cotadas a R$72,35.

As recomendações dos bancos foram overweight para os ADRs (recibo de ações negociadas na Bolsa de Nova York) da empresa, o que significa que as ações podem ter um desempenho superior ao nível de referência. 

Ambos os bancos projetam um preço-alvo de US$ 18 para os papéis em 2024, ou uma valorização de cerca de 21% frente ao fechamento da última terça-feira (9).