Mercado

Sabesp (SBSP3): JPMorgan prevê R$ 125 no valor das ações

Analistas veem um novo modelo regulatório como impulso para a valorização

A avaliação recente do banco JPMorgan, realizada nesta quinta-feira (11), indica que a ação ordinária da Sabesp (SBSP3) pode chegar ao valor de R$ 125. A projeção da instituição significa uma valorização potencial de 67,2% referente a como a companhia fechou a sessão do Ibovespa na última quarta-feira (10), com as ações cotadas a R$ 74,76.

A Sabesp (SBSP3) teve avanços no processo de privatização em 2023 e deve concluí-lo este ano. De acordo com a equipe de research do banco, o novo modelo regulatório para os contratos alterados da empresa privatizada, ainda sem previsão de anúncio, foram os elementos finais considerados para o relatório. 

A crença dos analistas é de que um novo e bom arcabouço regulatório seja anunciado pela Sabesp (SBSP3) para um momento pós-privatização e sirva de impulso antes da oferta subsequente em meados de 2024. Esse fato seria uma referência para situar o preço da oferta, segundo o InfoMoney.

Importância do regime regulatório da Sabesp (SBSP3)

Os analistas do JPMorgan veem um regime regulatório mais amigável como impulso ao valor potencial privado da Sabesp (SBSP3). Nesse cenário, os números subiriam do 1,1 vez (índice usado para avaliar a relação entre o valor da empresa e seus ativos regulatórios) atual para cerca de 1,3 vez, o que levaria a ação ao preço de R$ 125.

O documento aponta ainda que a alteração no preço pode ser levada por uma mudança na percepção da avaliação da empresa privatizada. “Se assumirmos que o preço da oferta é resultado de um desconto para o valor justo que os investidores estão dispostos a aceitar, o aumento do valor justo deve, portanto, aumentar o preço aceitável para o mesmo desconto”, disse.

Segundo o Goldman Sachs, que, inclusive, tem uma recomendação overweight para a Sabesp (SBSP3), há alguns pontos sendo estudados para a mudança regulatória,. Entre as possibilidades estão a transição da contabilidade da base de ativos de visão futura para retrospectiva e os níveis fixos de despesas operacionais regulatórias para determinados ciclos tarifários. Além disso, há uma possível resolução sobre a passagem integral dos royalties do fundo municipal de São Paulo.