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Ford realiza demissões  na fabricação da F-150 elétrica por fraca demanda

Mais de mil funcionários serão afetados com a transição do Rouge Electric Vehicle Center para um turno a partir de 1º de abril deste ano

A Ford anunciou que vai reduzir o número de trabalhadores envolvidos na fabricação de seu caminhão F-150 Lightning, devido à baixa demanda por veículos elétricos nos EUA.

Aproximadamente 1.400 funcionários serão impactados pela transição do Rouge Electric Vehicle Center para um turno a partir de 1º de abril deste ano, conforme anunciado pela montadora com sede em Dearborn, Michigan, em comunicado nesta sexta-feira (19).

A empresa afirmou que antecipa um crescimento contínuo nas vendas globais de veículos elétricos em 2024, embora em uma escala inferior ao inicialmente previsto. No mês passado, a Bloomberg reportou que a Ford reduzirá pela metade as metas de produção do F-150 EV (veículo elétrico) neste ano.

Indicando que a demanda por veículos tradicionais movidos a gasolina permanece robusta, a Ford anunciou a contratação de aproximadamente 900 novos funcionários e a adição de 700 colaboradores do Complexo Rouge para um terceiro turno em sua fábrica de montagem em Michigan. Essa medida permitirá à montadora aumentar a produção dos veículos utilitários esportivos Bronco e Bronco Raptor, assim como das picapes Ranger e Ranger Raptor.

FIIs vendem antiga fábrica da Ford por R$ 850 mi

Os Fundos de Investimentos Imobiliários, BTG Logística (BTLG11) e SJ AU Logística (SJAU11), venderam um galpão localizado em São Bernardo do Campo (SP), região do ABC Paulista, que abrigou a fábrica da Ford. De acordo com divulgação feita pelas duas carteiras, o negócio fechou com o valor de R$ 850 milhões.

Contudo, para ser concluída a transação ainda depende da superação de regras previstas no contrato dos Fundos Imobiliários. O SJAU11, que detém 75% do espaço, apontou em um comunicado que deve receber R$ 634,5 milhões pela fração negociada. 

Enquanto isso, o BTLG11, que tem posse de 25% do imóvel no ABC Paulista, deve embolsar R$ 212,5 milhões.  A aquisição do ativo pelo fundo aconteceu em 2020 e ele calcula um total de R$ 176,3 milhões investidos. 

Segundo comunicado pelo FII da BTG, a tese de investimentos inicial no ativos envolvia a expectativa de desenvolvimento e apreciação de um complexo logístico no imóvel. 

“No entanto, devido a oferta feita pelo comprador, que representa um ganho de capital de 20,55, a gestora vislumbrou na alienação do ativo uma oportunidade de melhor destinação dos recursos e distribuição de lucro para seus cotistas”, é o que conclui o texto. 

A estimativa de lucro da operação feita pela equipe gestora do BTLG11 é de R$ 1,27 por cota.