Mercado

B3 registra maior saque estrangeiro em um único dia desde 2021

O saque ocorreu no pregão em que o Ibovespa subiu 0,25%

Os investidores estrangeiros retiraram expressivos R$ 3,45 bilhões do mercado secundário da Bolsa de Valores brasileira, a B3, na última sexta-feira (19). O saque ocorreu no pregão em que o Ibovespa, principal índice do mercado financeiro, subiu 0,25%. Um movimento que representa o maior saque líquido em um único dia desde 22 de fevereiro de 2021, conforme apontado por dados do Valor Data. Nesse contexto, o saldo negativo da categoria acumula um déficit de R$ 4,40 bilhões tanto no mês quanto no ano.

Contrastando com essa movimentação, os investidores institucionais direcionaram R$ 1,84 bilhão para o mercado na mesma data, resultando em um déficit mensal e anual de R$ 3,02 bilhões para esse grupo.

Por sua vez, os investidores individuais realizaram saques no valor de R$ 209,5 milhões no referido dia, contribuindo para um superávit acumulado de R$ 3,36 bilhões tanto no mês quanto no ano, de acordo com informações divulgadas pela B3.

B3: confira as novidades que a bolsa preparou para este ano

Bolsa de Valores brasileira, a B3 prevê uma série de novidades para este ano, incluindo a extensão do horário de pregão para a negociação de derivativos e contratos futuros, abrangendo também o bitcoin, a principal criptomoeda em valor de mercado. Além disso, está prevista uma revisão dos critérios para adesão ao segmento Novo Mercado.

Durante uma entrevista coletiva, o presidente da bolsa brasileira, Gilson Finkelsztain, afirmou que a B3 planeja estender o horário do pregão para negociações de derivativos do Ibovespa até o final deste ano. Além disso, com a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a bolsa pretende incluir o contrato futuro de bitcoin nesse horário estendido. A proposta é iniciar o pregão estendido entre 18h e 19h, com encerramento até as 22h.

“São dois produtos que já poderiam fazer um teste com o investidor para o horário estendido”, afirmou o presidente da B3. Segundo ele, essa extensão será um teste para a eventual ampliação do horário de negociações para outros instrumentos, incluindo ações.

A B3 explorou a possibilidade de estender o horário de negociação para contratos futuros de câmbio, discutindo a proposta com o mercado e reguladores. No entanto, a ideia não foi bem recebida. “Para poder se adequar a operar fora depois do mercado há um custo e um contrato como câmbio é muito relevante para alguns participantes que talvez tivessem uma dificuldade para operar nesse horário”, afirmou Finkelsztain.

Para 2025, a B3 tem em sua agenda a realização de discussões sobre a viabilidade da implementação de um pré-mercado para alguns instrumentos.