A Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês) disse, nesta quarta (24), que as emissões de gases de efeito estufa provenientes da geração de eletricidade estão entrando em declínio estrutural à medida que a substituição de fontes fósseis por renováveis ganha ritmo.
Publicado hoje, o relatório Electricity 2024 indica que emissões globais de CO2 da geração devem diminuir mais de 2% em 2024, após um aumento de 1% em 2023. Isso será seguido por pequenas reduções em 2025 e 2026.
O aumento das emissões no ano passado foi motivado pelo forte crescimento na geração de energia a carvão, especialmente na China e na Índia. Os países passaram por secas severas que prejudicaram a produção hidrelétrica.
A participação dos fósseis no mix de fornecimento de eletricidade, no entanto, deve começar a cair já nos próximos anos, à medida que renováveis e nuclear expandem capacidade, e chegar a 54% em 2026, ante 61% em 2023. Será a primeira vez, desde de 1971, que os fósseis responderão por menos de 60% da matriz.
“Embora condições climáticas extremas, choques econômicos ou mudanças nas políticas governamentais possam levar a aumentos temporários nas emissões em anos individuais, espera-se que o declínio mais amplo nas emissões do setor de energia persista à medida que as capacidades de energia renovável e nuclear continuam a se expandir e a substituir a geração a partir de combustíveis fósseis”, analisa a agência.
Com informações do Portal EPBR