Economia

Comércio de São Paulo pode ter déficit de R$ 19 mi com feriados 

Patamar é alto, porém menor que no ano anterior; a projeção de perdas na capital é de R$ 5,9 bilhões

Os feriados nacionais de 2024 podem custar caro para o São Paulo. Isso porque o setor de varejo estima que o estado deixe de faturar até R$ 18,9 bilhões em razão desses dias. Para a capital, a projeção de perdas ficou em R$ 5,9 bilhões, uma queda de 5,6% em relação a 2023.

Mesmo estando alto, a Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) espera uma perda de R$ 1,5 bilhão a menos do que no ano passado, de acordo com apuração da Folha de S. Paulo. A principal razão da redução seria o menor número de feriados em 2024, 4 dos 10 caem no final de semana.

No ano anterior, o varejo no estado de São Paulo perdeu cerca de R$ 20,5 bilhões por causa dos feriados. O valor foi 7,5% superior se comparado às estimativas para 2024. Na capital paulista o prejuízo fechou em R$ 6,2 bilhões. 

Perdas de São Paulo

Dentre os segmentos do setor varejista, apenas um teve aumento na projeção de perda de vendas. O segmento em questão foi o de farmácias e perfumarias, que registraram alta de 4,1%, cerca de R$ 2,7 bilhões em perdas.

Uma causa apontada para esse resultado, segundo a Folha de S. Paulo, é justamente o aumento de vendas diárias do ramo. Logo, se as vendas aumentam, o volume de perdas também cresce.

Na contramão das farmácias, o varejo de móveis e decoração deve ter o menor prejuízo, de acordo com a apuração. Com queda de 19,2%, o que corresponde a R$306,4 milhões, este ano.  

Além disso, o grupo “outras atividades” aparece com queda de 15,1% e estimativa de perdas em R$4,5 bilhões. Logo depois vem vestuário, tecidos e calçados, com queda de 13% e prejuízo de R$ 1,8 bilhão. Já os supermercados devem cair 4,95% e perder R$ 9,4 bilhões.

A projeção para a cidade de São Paulo diz que o segmento com maior queda de prejuízo será o ramo de “outras atividades”, com queda de 13,1% e perda estimada em R$ 1,1 bilhão.

O segundo lugar ficou para vestuário, tecidos e calçados, com queda de 10,8% e perda estimada de R$ 908 milhões. E em terceiro, móveis e decoração com 8,4% e R$ 123 milhões.