O valor das ações ordinárias da Vale (VALE3) estão em queda, nesta quinta-feira (25), após a condenação de pagamento de R$ 47,6 bilhões em indenização pelo rompimento de uma barragem em Mariana. Por volta das 17h43 (horário de Brasília), os papéis ordinários caiam a 2,45%, cotados a R$ 68,19.
A condenação da Justiça Federal se estendeu não apenas à Vale (VALE3), mas também à Samarco e à BHP. A barragem de Fundão, em Mariana (MG), rompeu em novembro de 2015 e deixou 19 mortos, além de centenas de desabrigados. O valor bilionário ainda deve passar por correção com juros desde a data da tragédia.
Ademais, a decisão cabe recurso e o pagamento precisa ser feito após o trânsito em julgado da decisão. As ações ON da empresa já vinham em queda, puxada pela alta de 1,6%do minério de ferro em Dalian, de acordo com o InfoMoney, e aceleraram depois da notícia.
Outros fatores desfavoráveis à Vale (VALE3)
Não só o valor do minério de ferro e a condenação na justiça influenciam no valor dos papéis da Vale (VALE3), nesta quinta-feira. Segundo o InfoMoney, investidores repercutem as falas recentes do presidente Lula e estão de olho na questão da sucessão da mineradora, que também afetaram as ações.
Em uma publicação no X (antigo Twitter), Lula lembrou outra tragédia que ocorreu por um rompimento da barragem da Vale (VALE3), em Brumadinho (MG), há 5 anos.
“Faz 5 anos do crime que deixou Brumadinho debaixo de lama, tirando vidas e destruindo o meio ambiente. 5 anos e a Vale nada fez para reparar a destruição causada […] É necessário o amparo às famílias das vítimas, recuperação ambiental e, principalmente, fiscalização e prevenção em projetos de mineração, para não termos novas tragédias como Brumadinho e Mariana”, disse o presidente.
A intenção do governo em emplacar Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda, como diretor executivo da Vale (VALE3), tem feito Lula e aliados aumentarem o tom contra a empresa, de acordo com o veículo.