Em dezembro, o núcleo do Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE) nos EUA registrou um aumento de 0,2%, de acordo com dados divulgados pelo Departamento de Comércio americano nesta sexta-feira (26). A variação anual do indicador, excluindo alimentos e energia, manteve sua trajetória de desaceleração e encerrou o ano de 2023 em 2,90%.
A medida mensal do núcleo permaneceu em linha com as expectativas do consenso de analistas da LSEG, que previam um aumento de 0,2%. No entanto, em termos anuais, a estimativa era de 3,0%.
O índice total, que abrange os preços de alimentos e energia, registrou uma variação de 0,2% em dezembro em comparação com novembro e um aumento de 2,6% ao longo de 12 meses. As projeções dos analistas para esse indicador eram precisamente de 0,2% no mês e 2,6% no ano.
Visão dos especialistas
“Após a rodada de indicadores de atividade econômica fortes de dezembro e da surpresa da primeira estimativa para o PIB no quarto trimestre, os números de dezembro do PCE deverão ser mais uma vez celebrados e animar aqueles que ainda esperam que os juros poderão começar a cair nos EUA já no primeiro trimestre”, ressalta o economista-chefe da Nomad, Danilo Igliori.
“O PCE divulgado hoje deve impactar essa trajetória. Mas não terá muito jeito, analistas vão esmiuçar o comunicado do FOMC, palavra a palavra, na semana que vem”, ponderou Igliori.
“Inflação americana está dando bons sinais, mostrando que há convergência, praticamente voltando para aquele nível pré-pandemia, mais próximo da meta”, comentou o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala.
“Ou seja, uma excelente notícia para a politica monetária americana, as bolsas já apontam para uma alta, possivelmente veremos uma nova máxima histórica das bolsas americanas, com esse cenário de inflação controlada”, completou Gala.