A agência de classificação de risco S&P Global Ratings rebaixou nesta sexta-feira (26), a nota global da Gol (GOLL4), de “CCC-” para “D”. O rating em escala nacional também foi cortado, de “brCCC-” para “D”.
O movimento se deu após a empresa protocolar pedido de reestruturação pelo Chapter 11 do Código de Falências dos Estados Unidos, processo semelhante ao de recuperação judicial no Brasil. O pedido foi aceito hoje pela Justiça americana.
Em comunicado, a agência explica que a companhia brasileira enfrenta uma pesada carga de dívida, apesar da melhora nas métricas operacionais em 2023.
De acordo com a análise, o cenário reflete elevados pagamentos de leasing, gastos com capital e atraso nas entregas do Boeing 737 Max, que pressionam o fluxo de caixa.
Gol: justiça dos EUA aceita pedido de recuperação judicial
O Tribunal de Falência dos EUA aceitou, nesta sexta-feira (26), o pedido de Chapter 11 feito pela Gol (GOLL4), na quinta-feira (25). O processo é equivalente ao de recuperação judicial no Brasil, que permite que a empresa possa captar recursos e fazer uma reestruturação financeira enquanto preserva sua operação. As informações são do Estadão/Broadcast.
Ao conceder a decisão, o juiz Martin Glenn, explicou que todas as partes, incluindo pessoas físicas, sócios, corporações, nacionais ou estrangeiras, estão proibidas de tomar várias ações. Entre elas, obter bens ou propriedades da Gol e iniciar ou continuar qualquer ação judicial ou administrativa contra a empresa.
Além disso, em sua decisão, o juiz ressaltou que as partes estão proibidas de revogar, suspender pu se negar a renovar licenças já concedidas à companhia aérea.
A companhia afirma que recorreu ao Chapter 11 para reestruturar suas obrigações financeiras de curto prazo e também fortalecer sua estrutura de capital no longo prazo.
Com dívidas que somam R$ 20 bilhões. A companhia aérea contratou a consultoria Seabury para buscar a renegociação de dívidas.
“A GOL vem empreendendo esforços significativos para oferecer a melhor experiência de viagem aos Clientes, ao mesmo tempo em que melhorou sua lucratividade e posição financeira”, diz Celso Ferrer, CEO da empresa, no comunicado.