A Localiza (RENT3) está avaliando o impacto da recuperação judicial da Gol (GOLL4) em seu balanço para o ano de 2023. Essa análise decorre do fato de a companhia aérea possuir dívidas de curto prazo no valor de R$ 25 milhões com a Localiza. Deste montante, R$ 10 milhões já foram faturados e estão relacionados a contratos referentes ao ano de 2023.
Há ainda uma quantia adicional de R$ 15 milhões a ser faturada, relacionada ao ano de 2024. De acordo com comunicado divulgado nesta segunda-feira (29), a Localiza esclarece que essa exposição “diz respeito a contratos de aluguel de carros originados pela Gol e seu programa de fidelidade”.
Nesse sentido, a Localiza ainda informou que “está conduzindo avaliações técnicas acerca das premissas para estimar o valor residual dos carros no que se refere a alocação dos custos de preparação dos veículos para desativação da frota.”
A avaliação está sendo realizada “no contexto da combinação de negócios e considerando o ciclo do carro”. A Localiza esclarece que, no momento, os custos de preparação são atribuídos à divisão de seminovos, embora a “gestão do veículo e sua manutenção” esteja a cargo das divisões de aluguel de carros e gestão de frotas.
Gol: justiça dos EUA aceita pedido de recuperação judicial
O Tribunal de Falência dos EUA aceitou, nesta sexta-feira (26), o pedido de Chapter 11 feito pela Gol (GOLL4), na quinta-feira (25). O processo é equivalente ao de recuperação judicial no Brasil, que permite que a empresa possa captar recursos e fazer uma reestruturação financeira enquanto preserva sua operação. As informações são do Estadão/Broadcast.
Ao conceder a decisão, o juiz Martin Glenn, explicou que todas as partes, incluindo pessoas físicas, sócios, corporações, nacionais ou estrangeiras, estão proibidas de tomar várias ações. Entre elas, obter bens ou propriedades da Gol e iniciar ou continuar qualquer ação judicial ou administrativa contra a empresa.
Além disso, em sua decisão, o juiz ressaltou que as partes estão proibidas de revogar, suspender pu se negar a renovar licenças já concedidas à companhia aérea.
A companhia afirma que recorreu ao Chapter 11 para reestruturar suas obrigações financeiras de curto prazo e também fortalecer sua estrutura de capital no longo prazo.
Com dívidas que somam R$ 20 bilhões. A companhia aérea contratou a consultoria Seabury para buscar a renegociação de dívidas.
“A GOL vem empreendendo esforços significativos para oferecer a melhor experiência de viagem aos Clientes, ao mesmo tempo em que melhorou sua lucratividade e posição financeira”, diz Celso Ferrer, CEO da empresa, no comunicado.