O Itaú BBA está otimista com a Direcional (DIRR3), Cury (CURY3) e Plano & Plano (PLPL3) em 2024. O banco enxerga um potencial de valorização entre 20% e 40% nas ações das principais incorporadoras voltadas para o público de baixa renda no Brasil.
De acordo com o relatório do banco, o motivo do otimismo está na combinação de perspectivas de forte crescimento e um dividend yield (retorno com dividendos) generoso a ser distribuído aos acionistas.
Segundo o time de real estate do banco, a ação preferida entre as opções do segmento é Direcional, com uma taxa de retorno necessária para um investimento crescer (CAGR) de 40% e um retorno com dividendos de 10% para o próximo ano, além de um baixo risco de execução e P/E (preço da ação em relação ao lucro) de 5,6 vezes – um desconto indiscutivelmente alto de 20% em relação ao papel da Cury.
Por ordem de preferência, o BBA escolheu Direcional, Cury, Plano & Plano e MRV como “outperform“, enquanto Tenda ficou na lanterna, com recomendação “neutra” para a ação.
Riscos
No relatório, o Itaú BBA destacou alguns pontos de atenção com o segmento em 2024. “Acreditamos que o principal gatilho para as representantes da baixa renda este ano será corresponder às expectativas positivas estabelecidas em 2023 (o consenso de lucro para 2025 aumentou 40% em 2023)”.
As construtoras, que surfaram na onda do anúncio do retorno do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida (MCMV) no ano passado, agora encontram um cenário no qual novas surpresas positivas são limitadas, reforça o banco.
“Um contraste com 2023 – quando as expectativas para as revisões do MCMV eram elevados, a pressão dos custos estava diminuindo e o programa Podemos Entrar acabava de ser anunciado”.
O banco menciona, como a expectativa positiva para 2024, o possível anúncio de incentivos esperados como o RET (Regime Especial de Tributação na Construção Civil) e o FGTS Futuro (benefício a famílias com renda de até R$ 2.400 para compra da casa própria).