Duas cidadãs americanas, mãe e filha, que foram feitas reféns pelo grupo terrorista Hamas em Gaza, após o ataque contra Israel em 7 de outubro, entraram com um processo contra a exchange de criptomoedas Binance. Alegam que a Binance facilitou a violência ao permitir que o Hamas negociasse em sua plataforma. Além disso, parentes de dois homens mortos durante o ataque também estão envolvidos na ação judicial.
O processo foi movido não apenas contra a Binance, mas também contra o Irã e a Síria. Este caso marca o primeiro de uma série de ações civis esperadas contra o Hamas e suas redes após o ataque e o subsequente sequestro em massa, que desencadeou uma guerra com Israel.
A Binance anteriormente admitiu violações de sanções e leis contra lavagem de dinheiro, pagando uma multa bilionária aos reguladores, enquanto seu ex-CEO, Chanpeng Zhao, aguarda sentença por violação da legislação. Os demandantes buscam recuperar danos substanciais com base na lei dos EUA. A Binance ainda não comentou o caso.
“Estamos trabalhando neste processo há semanas e acreditamos que qualquer pessoa que ajude o terrorismo deve ser responsabilizada”, disse ele em comunicado.
Conforme as acusações do governo no caso Binance, a Brigada al-Qassam, braço militar do Hamas, teria utilizado transações Bitcoin (BTC) para angariar fundos em apoio à resistência palestina. A empresa reconheceu que pelo menos 1,1 milhão de transações, totalizando US$ 899 milhões, foram realizadas por indivíduos no Irã, em violação das sanções dos EUA.
A denúncia apresentada na quarta-feira alega que a assistência da Binance ao Hamas contribuiu para financiar ataques violentos e recrutar pessoas para executá-los.
Ainda de acordo com a denúncia, os autores também alegam que o Irã emergiu como “o principal apoiador do terrorismo do Hamas”, aumentando o financiamento e o fornecimento de armas ao grupo nos últimos anos.
“O Irã forneceu consistente e continuamente financiamento ao Hamas no valor de US$ 100 milhões todos os anos com o objetivo de permitir ao Hamas comprar armas e pagar aos seus combatentes terroristas e de outra forma realizar as suas operações terroristas”, afirma a queixa.