O Banco Pan (BPAN4) comunicou ao mercado, na manhã desta quinta-feira (1), os resultados obtidos durante o quarto trimestre de 2023 (4T23). O banco apresentou um lucro de R$ 195 milhões, com queda de 1,5% ante o trimestre anterior e alta de 2% na comparação anual.
No ano de 2023, a instituição apresentou um resultado de R$ 777 milhões, evidenciando um avanço de 0,5%. O retorno sobre patrimônio (ROE) ajustado foi de 11,1% nos últimos três meses de 2023, comparado a 11,5% no terceiro trimestre e também 11,5% no mesmo período do ano anterior.
A carteira de crédito encerrou o ano totalizando R$ 41,8 bilhões, registrando um aumento de 6,8% em comparação ao trimestre anterior e um crescimento de 7,1% em relação a 2022. Deste montante, 53% correspondem a operações de financiamento de veículos, com um expressivo aumento de 49% na originação, atingindo um nível recorde.
“Em 2023, consolidamos nosso objetivo estratégico de ser uma plataforma digital completa de banking e consumo. Melhoramos de forma relevante a experiência no aplicativo, investimos no engajamento, lançamos novos produtos e serviços, expandimos a base de clientes e a carteira de crédito”, afirma em nota Carlos Eduardo Guimarães, CEO do Pan.
“Acreditamos que 2024 será um ano em que impulsionaremos a transacionalidade, com benefícios que potencializam os diferenciais competitivos do banco”, complementa Inácio Caminha, superintendente de RI e Captação.
Outros dados de Banco Pan
A inadimplência do Pan apresentou uma redução significativa, registrando 7,3%, em comparação com os 7,9% do trimestre anterior e os 7,1% ao final de 2022. No segmento de curto prazo (15 a 90 dias), a inadimplência atingiu 9%, contra 9,1% e 8,3% nos trimestres anteriores. O Pan tem sinalizado, nos últimos trimestres, uma tendência de queda na inadimplência, resultado das medidas adotadas pelo banco e de perspectivas macroeconômicas mais favoráveis para o ano corrente.
No 4T23, o Pan experimentou um aumento significativo na emissão de cartões, totalizando 227 mil unidades, marcando a primeira vez em quase dois anos. A carteira de cartões, que atingiu mais de R$ 4 bilhões no final de 2021, foi reduzida pela metade. O banco sinaliza uma retomada cautelosa, com a oferta de limites baixos para os clientes.
O Pan manteve um nível de originação elevado no segmento consignado, inclusive realizando a aquisição de uma carteira no valor de R$ 1,3 bilhão durante o trimestre. Isso ocorre mesmo com os alertas recentes do CEO sobre as reduções nos tetos de juros, promovidas pelo Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) para o consignado INSS, que estão se aproximando do limite a partir do qual poderiam afetar substancialmente a oferta.