Economia

Secretário do Tesouro diz acreditar ser possível zerar o déficit em 2024

Segundo Rogério Ceron, a economia brasileira está vivendo um bom momento, com a queda do desemprego, aumento real da renda das famílias e um ciclo de crescimento sustentável

Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional do governo Lula, disse nesta quinta-feira (01), que “nós acreditamos, sim” ser possível zerar o déficit primário em 2024.

Em entrevista concedida ao vivo ao site de notícias Poder360, o secretário do Tesouro aproveitou para destacar que os resultados fiscais erão reavaliados “a cada mês”.

Segundo Ceron, a economia brasileira está vivendo um bom momento, com a queda do desemprego, aumento real da renda das famílias e um ciclo de crescimento sustentável. “Na nossa visão, nós temos condições de entregar esse resultado, a atividade econômica vive um bom momento”, ressaltou.

Ainda de acordo com ele, a discussão sobre recuperação fiscal é se déficit vai ser de 0%, 0,5% ou 0,8% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, esse resultado apresentaria pontuação menor que os 2,1% registrados em 2023. “Ninguém discute que ele não vai recuperar, discute qual a intensidade do movimento de recuperação”, disse.

Pontuando os dados do Tesouro Nacional, Ceron apontou que o mês de janeiro apresentou bons resultados e que a “atividade vive bom momento”, com o setor externo batendo recordes na balança comercial. Ele afirmou que “iniciamos 2024 com bons indicadores”, mesmo na arrecadação federal.

Além disso, no decorrer do evento o secretário do Tesouro disse que “não há perspectiva de arrecadação recorde [neste ano], ela está muito abaixo do patamar histórico [em relação ao PIB]”. E para finalizar, destacou que não existem riscos de elevação da carga tributária.

Governo tenta inverter piora nos resultados primários, diz secretário do Tesouro

Rogério Ceron, disse, na segunda-feira (29), que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva procura “inverter uma tendência de uma piora no resultado primário nos ciclos de governo”. 

Segundo ele, é um começo de um processo de recuperação fiscal, uma reversão dessa tendência. “Esperamos que, no começo deste ano, o processo de recuperação (fiscal) fique mais nítido”, completou.

Ceron falou sobre a queda de arrecadação em 2023 e atribuiu aos resultados “fatores atipicos”. De acordo com o Valor Econômico, o secretário disse que a arrecadação que vem sendo registrada neste mês de janeiro, o processo está demonstrando uma perspectiva positiva para o ano.

“Janeiro vem demonstrando indicativos de recuperação da arrecadação, com performance interessante”, afirmou.

Quanto ao crescimento das despesas do governo, que no acumulado de 2023 chegaram a 12,5%, Ceron afirma, segundo o veículo, que foi efeito da regularização dos precatórios e do crescimento dos gastos com o programa Bolsa Família.