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China: economia deve perder força até 2028, diz FMI

O desempenho econômico da China em 2023 registrou um crescimento de aproximadamente 5%

O desempenho econômico da China em 2023 registrou um crescimento de aproximadamente 5%, alinhado às expectativas do país. Contudo, conforme um relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgado na sexta-feira (2), é previsto que a expansão econômica chinesa apresente uma desaceleração a partir de 2024, alcançando um aumento de 3,4% em 2028.

De acordo com as projeções do FMI, o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) da maior economia asiática deve abrandar para 4,6% em 2024, comparado a uma estimativa de 5,4% do ano anterior. O relatório do FMI, elaborado após uma consulta anual com autoridades chinesas, destaca que questões no setor imobiliário chinês e uma demanda mais fraca por exportações impactarão o crescimento em 2023. Além disso, a médio prazo, o país enfrentará “ventos contrários de baixa produtividade e envelhecimento populacional”.

Durante a consulta, as medidas para auxiliar o setor imobiliário chinês a superar uma crise persistente e reduzir os riscos das dívidas dos governos locais foram o foco principal, conforme indicado por Sonali Jain-Chandra, chefe da missão do FMI na China. O economista ressaltou que essas ações são cruciais para impulsionar a atividade de curto prazo, restaurar a confiança e mitigar riscos.

O FMI alertou que a ausência de uma resposta política eficaz para os problemas no setor imobiliário, juntamente com quedas substanciais nos investimentos até 2025, poderiam resultar em um crescimento do PIB entre 1 e 0,8 ponto percentual mais baixo do que o previsto em 2024 e 2025, respectivamente. Isso poderia reduzir o crescimento chinês para uma faixa de 3%.

Apesar da recuperação econômica em 2023 impulsionada pelos gastos dos consumidores e políticas governamentais favoráveis, a China continua enfrentando desafios significativos, incluindo a crise contínua no setor imobiliário e pressões fiscais sobre os governos locais altamente endividados. O FMI destaca a incerteza considerável na perspectiva chinesa, dada as grandes disparidades, como o excesso de investimento em infraestrutura e habitação.