Adam Neumann, fundador da WeWork, tenta a recompra da operadora de espaços compartilhados, que atualmente passa por processo de recuperação judicial, Chapter 11, como é chamado nos EUA.
Os advogados do empresário enviaram a credores e assessores financeiros da WeWork, na segunda-feira (5), uma carta com a proposta dizendo que sua nova empresa, a Flow Global, tem apoio com financiamento da Third Point Capital, gestora de Dan Loeb.
As negociações com a WeWork foram abertas por Neumann em dezembro, para conseguir as informações necessárias para a proposta. Porém, até o momento, o empresário não teve acesso a essas informações, afirmam advogados, segundo o The Wall Street Journal.
O processo de Chapter 11 da WeWork foi iniciado em novembro de 2023, quando as dívidas com aluguéis de escritórios começaram a se acumular. A empresa já chegou a ser a startup mais valiosa do planeta, com valor estipulado em US$ 47 bilhões, segundo o Valor.
O controle da WeWork foi tirado de Neumann em 2019, depois que o processo de abertura de capital fracassou e polêmicas no comando da empresa, com o conglomerado japonês SoftBank Group comprando sua participação por US$ 1,7 bilhão.
Durante a audiência de recuperação judicial na segunda-feira, os advogados da WeWork afirmaram que a empresa precisa de uma injeção de capital para sobreviver à reestruturação, disse o veículo.
WeWork pede recuperação judicial; ações tiveram negociação suspensa
A WeWork, pioneira no modelo de coworking globalmente, solicitou a recuperação judicial pelo Chapter 11 nos EUA, em novembro de 2023, registrando uma dívida de quase US$ 19 bilhões. As ações da empresa tiveram a negociação suspensa após rumores sobre o pedido de RJ.
A empresa, sediada em Nova York, revelou que chegou a um acordo de reestruturação de dívida com credores que detêm aproximadamente 92% de suas notas garantidas. Esse acordo visa simplificar seu portfólio de locação de espaços de escritório. O pedido de recuperação judicial pelo Chapter 11, que equivale à recuperação judicial no Brasil, identificou ativos no valor de US$ 15 bilhões.
A declaração de falência representa o ponto mais recente de uma jornada tumultuada para a empresa fundada por Adam Neumann.