O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mensura a inflação na cidade de São Paulo, registrou um aumento de 0,46% na terceira quadrissemana de fevereiro, segundo dados divulgados pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) nesta sexta-feira (23). A taxa representa uma leve desaceleração em comparação com o avanço de 0,49% observado na quadrissemana anterior.
Na terceira leitura de fevereiro, houve uma perda de força em três dos sete componentes do IPC-Fipe: Alimentação (que passou de 1,05% na segunda quadrissemana para 0,87% na terceira), Transportes (de 1,23% para 1,18%) e Educação (de 2,17% para 1,10%). Paralelamente, os preços do Vestuário entraram em território de deflação, registrando uma variação de -0,20% após estar em +0,04%.
IPC-Fipe: categorias apresentam deflação menos acentuada
Por outro lado, foi observado uma aceleração ou uma deflação menos acentuada de um período para o outro nas categorias Habitação (que passou de 0,13% para 0,31%), Despesas Pessoais (de -0,53% para -0,49%) e Saúde (de 0,16% para 0,31%).
Boletim Focus: projeção de inflação para 2024 cai e a do PIB sobe
O Relatório Focus do Banco Central, foi divulgado nesta quinta-feira (22), em que indica uma ligeira queda na projeção da inflação para 2024, ao mesmo tempo em que a estimativa para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro no ano teve um aumento. A divulgação, que ocorre geralmente às segundas-feiras, foi adiada devido à paralisação parcial dos funcionários do BC durante a semana.
Na última semana, a estimativa do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o ano corrente teve uma leve redução, passando de 3,82% para 3,81%. Enquanto isso, a previsão para a inflação de 2025 aumentou de 3,51% para 3,52%. A projeção para 2026 permanece em 3,50%, mantendo-se estável ao longo dos últimos 33 Boletins Focus, o mesmo nível de variação esperada para a inflação de 2027.
A mediana das projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2024 avançou de uma expansão de 1,60% para 1,68%. A projeção para 2025 permanece em 2,0% pela décima semana consecutiva, enquanto a estimativa para 2026 se mantém em 2,0% por 28 semanas consecutivas. Da mesma forma, a projeção para 2027 permanece em 2,0% há 30 semanas.