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Campos Neto diz que há muito trabalho a ser feito na desinflação global

Presidente do BC do Brasil afirmou que, após a ação sincronizada por bancos centrais, houve redução progressiva da inflação, mas que é preciso enfrentar a "última milha" do processo e que há riscos à frente

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, destacou, nesta quarta-feira (28), que ainda há trabalho a ser feito na fase final da desinflação nos países, ainda ressaltou a existência de riscos futuros.

Durante o discurso de abertura da reunião de ministros de Finanças e presidentes de Bancos Centrais do G20, Campos Neto afirmou que os membros do grupo destacaram a importância de políticas fiscais e monetárias precisamente ajustadas para promover um crescimento sustentável.

“Depois da ação sincronizada por bancos centrais, vimos uma redução progressiva da inflação, mas esse processo ainda não acabou, ainda há trabalho a ser feito na última milha, e riscos permanecem à frente”, disse.

Campos Neto declarou que os bancos centrais permanecem firmemente comprometidos em alcançar a estabilidade de preços. Segundo ele, enquanto reduzir a inflação acarreta custos, adiar a intervenção nessa área pode resultar em sacrifícios ainda maiores.

Brasil no G20

Este ano, o Brasil assume a presidência do G20, e a reunião das autoridades está acontecendo em São Paulo, tanto na quarta-feira (28) quanto na quinta-feira (29).

Ainda eu seu discurso, expressou gratidão aos membros do G20 pelo “amplo apoio” às prioridades propostas pelo Brasil para os debates deste ano, destacando o combate à pobreza e à desigualdade como áreas de foco.

O presidente do Banco Central defendeu que iniciativas de inclusão financeira sejam um pilar central das reuniões desta semana, argumentando que esse tema tem o potencial de diminuir as desigualdades.

Ele também observou que as dívidas soberanas dos países atingiram níveis significativamente elevados após a pandemia de Covid-19, afetando especialmente os países mais pobres e em desenvolvimento.