O consumo das famílias, que é um indicador da demanda interna do País, terminou o ano de 2023 em alta, com saldo positivo.
Contudo, é perceptível que o consumo teve um aumento menor no ano passado em comparação com anos anteriores.
Uma das razões que frearam a demanda interna em 2023 foi a manutenção de uma política monetária restritiva ao longo do ano passado.
Com taxas básicas de juros elevadas, representadas pela taxa básica Selic, isso efetivamente contribui para conter as compras, especialmente a crédito.
IPC-S desacelera para 0,55% em fevereiro, após 0,61% em janeiro
O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) desacelerou para 0,55% no fechamento de fevereiro, em comparação com a variação de 0,61% registrada em janeiro. Na terceira semana de fevereiro, o índice apresentou alta de 0,60%.
Esses dados foram divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (1º). Com esse resultado, o IPC-S acumula um aumento de 3,59% nos últimos 12 meses.
A variação do IPC-S no mês coincidiu com a mediana das projeções do Broadcast, que previa uma desaceleração para 0,55%, com um intervalo entre 0,50% e 0,60%.
Nesta análise, quatro das oito classes de despesas apresentaram desaceleração em relação à semana anterior: Educação, Leitura e Recreação (de -0,14% para -1,17%), Alimentação (de 1,18% para 1,06%), Saúde e Cuidados Pessoais (de 0,61% para 0,56%) e Comunicação (de 0,48% para 0,43%).
A desaceleração desses grupos foi influenciada, respectivamente, por cursos formais (de 1,82% para 0,00%), hortaliças e legumes (de 7,45% para 5,75%), artigos de higiene e cuidado pessoal (de 1,14% para 0,95%) e pelo conjunto de telefonia, internet e TV por assinatura (de 0,86% para 0,49%).