Os EUA criaram, em fevereiro deste ano, menos postos de trabalho no setor privado do que o esperado. Dados da ADP (Automatic Data Processing) apontaram para 140 mil novos empregos, enquanto a expectativa de analistas do The Wall Street Journal era de 150 mil vagas.
A notícia é benéfica para os índices de inflação, já que demonstra o desaquecimento da economia norte-americana. O resultado também favorece ativos de risco, como ações.
Os EUA podem ser impactados com a redução da taxa de juros caso a tendência da inflação seja de queda sustentável. Com isso, empresas listadas na bolsa por incentivar o consumo e investimentos são beneficiadas.
Os dados consolidados sobre a geração de novos empregos nos EUA em fevereiro estão programados para sexta-feira (8). Com base nestes números, o Fed (Federal Reserve) irá calibrar a hora e a vez de seus juros começarem a cair em 2024.
EUA têm mercado de trabalho forte
Apesar do número abaixo das expectativas, contudo, o resultado de fevereiro foi superior ao do mês anterior. Em janeiro, dados revisados da ADP mostraram a criação de 111 mil novos postos de trabalho.
Os ganhos salariais para os norte-americanos que mudaram de emprego também aceleraram, subindo de 7,2% para 7,6% em base anual. Já o aumento para os trabalhadores que permaneceram no mesmo emprego foi de 5,1% no mês passado.
Ao Valor Econômico, o economista-chefe da ADP, Nela Richardson, destaca a continuidade na geração de empregos.
“A criação de empregos continua sólida. Os ganhos salariais estão tendendo para baixo, mas seguem acima da inflação. Em suma, o mercado de trabalho é dinâmico, mas não faz pender a balança em termos de uma decisão sobre os juros do Federal Reserve (Fed) este ano”.