Pré-abertura do mercado

Café com BPM: Bolsas globais operam mistas às vésperas do payroll

Os futuros de NY apresentam oscilação nesta quinta-feira (7), sem uma direção clara

Bolsas globais operam mistas
Bolsas globais operam mistas (Foto: unsplash)

As Bolsas globais operam mistas com as atenções voltadas para os EUA, onde o presidente do Fed (Federal Reserve), Jerome Powell fará uma aparição no Senado às 12h, onde provavelmente repetirá as mensagens que compartilhou na quarta-feira (7). 

Na ocasião, ele destacou que não é necessário esperar que a inflação atinja 2% para considerar cortes nas taxas de juros e também alertou sobre possíveis vulnerabilidades no sistema bancário. Os agentes das Bolsas globais ressaltam que as declarações ocorrem pouco antes de o NYCB receber uma injeção de capital.

Bolsas globais são movimentadas por dados do payroll

As Bolsas globais devem monitorar as expectativas para o relatório de emprego, o Payroll, que será divulgado na sexta-feira (8), juntamente com a taxa de desemprego dos EUA.

Esses dados cruciais só estarão disponíveis no final da semana, além das atualizações do Livro Bege e dos comentários de Jerome Powell. Portanto, nesta quinta-feira (7), as Bolsas globais estaram operando com base nessas expectativas. No dia anterior, o relatório ADP, que serve como uma prévia do Payroll, apontou uma criação de empregos no setor privado, ligeiramente abaixo das expectativas para fevereiro.

EUA

Os futuros de Nova York apresentam oscilação nesta quinta-feira (7), sem uma direção clara, após uma sessão vitoriosa para os principais índices na véspera. Isso ocorreu depois que Powell seguiu seu discurso previamente delineado, indicando que o Fed planeja cortar as taxas de juros ainda este ano, embora o controle contínuo da inflação não seja garantido.

Cotação dos índices futuros dos EUA:

Dow Jones Futuro: -0,12%

S&P 500 Futuro: -0,03%

Nasdaq Futuro: +0,07%

Bolsa asiáticas

Nos mercados asiáticos, o cenário é de falta de consenso, com quedas registradas na China, em Hong Kong e no Japão. Essa situação é impulsionada por preocupações renovadas sobre possíveis sanções dos EUA e pelo Japão, que se prepara para uma reversão de sua política monetária ultra-acomodatícia. Na China, as ações do setor farmacêutico lideraram as perdas, após um projeto de lei nos EUA, voltado para algumas empresas chinesas de biotecnologia, receber aprovação de uma comissão para votação no plenário do Senado americano.

Shanghai SE (China), -0,41%

Nikkei (Japão): -1,23%

Hang Seng Index (Hong Kong): -1,27%

Kospi (Coreia do Sul): +0,23%

ASX 200 (Austrália): +0,39%

Bolsa europeias

Enquanto isso, os mercados europeus estão em terreno negativo, com os investidores aguardando a decisão do Banco Central Europeu (BCE) sobre as taxas de juros. Espera-se que o BCE mantenha sua taxa de juros em um recorde de 4,0%, enquanto os membros da instituição provavelmente reiterarão a necessidade de mais evidências de que a inflação está sob controle. O mercado está especulando que um corte nas taxas poderá ocorrer em junho.

FTSE 100 (Reino Unido): -0,41%

DAX (Alemanha): -0,28%

CAC 40 (França): -0,20%

FTSE MIB (Itália): -0,23%

STOXX 600: +0,03%

Ibovespa: pregão anterior

Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quarta-feira (6) com alta de 0,62%, aos 128.890,23 pontos. O dólar comercial caiu 0,22%, a R$ 4,94.

Após as perdas da sessão anterior, quando deixou o nível dos 129 pontos, nesta terça-feira o Ibovespa teve âmparo dos índices do exterior, em Wall Street. No mercado dos EUA, a atenção esteve voltada à sabatina do presidente do FED (Federal Reserve), erome Powell, na Câmara dos Representantes do país. Conforme avaliação de Apolo Duarte, head de renda variável da AVG Capital, os depoimentos de Powell foram dentro do esperado.

Radar corporativo

Guararapes (GUAR3), empresa controladora da Riachuelo, registrou um lucro líquido de R$ 229,8 milhões, no último trimestre, marcando um aumento anual expressivo de 124,7%. O desempenho foi atribuído, principalmente, ao crescimento do Ebitda, que avançou 35,8% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 547,5 milhões.

Ainda no calendário de balanços trimestrais da quarta-feira (6), o Grupo Mateus (GMAT3) comunicou o aumento de 25% no seu lucro líquido no quarto trimestre de 2023 (4T23). O salto é relativo ao mesmo período de 2022. O valor passou de R$ 311 milhões para R$ 388 milhões. 

Agenda do dia

Os agentes das Bolsas globais estarão atentos a uma série de eventos econômicos significativos em diferentes partes do mundo.

No Brasil, os destaques incluem a divulgação do Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) de fevereiro, bem como o anúncio do Resultado Primário de janeiro, onde a expectativa do consenso LSEG é de um superávit de R$ 99,45 bilhões.

Nos Estados Unidos, os investidores estarão de olho nos pedidos de seguro-desemprego semanais, com previsão do consenso LSEG de 215 mil solicitações, além do balanço comercial de janeiro, onde se estima um déficit de US$ 63,5 bilhões.

Na Zona do Euro, o Banco Central Europeu (BCE) decidirá sobre a taxa de juros em uma importante reunião programada para as 10h15.