A Adidas anunciou o seu primeiro prejuízo desde 1992, de €58 milhões. A empresa de artigos esportivos afirmou, porém, que seu conselho proporá um dividendo inalterado de €0,70 euros ($0,7650) por ação.
A perda líquida anual foi puxada pelo fim da parceria de nove anos com o rapper norte-americano Ye, antes conhecido como Kanye West, em outubro de 2022 e, consequentemente, pela suspensão das vendas da linha de tênis Yeezy.
A colaboração foi encerrada após Ye elogiar Adolf Hitler e aparecer publicamente vestido com uma camisa com os dizeres White Lives Matter (Vidas Brancas Importam).
A Adidas retomou as vendas da linha Yeezy em julho do ano passado e anunciou que parte do lucro arrecadado, cerca de €140 milhões, seria doado para instituições de combate ao antissemitismo e racismo.
Vendas da Adidas nos EUA deve cair mais
A empresa alertou que as vendas nos EUA devem seguir fracas, com queda de 5% em 2024. Varejistas do país estão lutando contra estoques elevados.
A Adidas disse que as vendas na América do Norte caíram 21% no quarto trimestre e 16% ao longo do ano.
No ano passado, a empresa obteve €750 milhões em receita com as vendas de Yeezy, resultando em um lucro de €300 milhões.
Por volta das 09h50 (horário de Brasília), as ações da Adidas ADS caem 0,11% no mercado futuro das bolsas de Nova York.
Ações da Adidas e da Puma caíram após Nike anunciar cortes bilionários
As ações da Adidas e da Puma despencaram após a Nike anunciar, em dezembro do ano passado, que cortaria empregos em resposta às vendas mais fracas.
A marca norte-americana revelou que cortaria custos em até US$ 2 bilhões, desligando funcionários e simplificando a linha de produtos oferecidos.
Após comunicado, os papéis da Nike caíram 11% no aftermarket em Nova York, após um ganho de 4,7% no acumulado do ano. No pregão em Frankfurt na manhã do dia 21 de dezembro, a Adidas AG caiu 6,5%, com a Puma SE caindo 4,9%.