O Grupo de supermercados Dia anunciou, nesta quinta-feira (14), um plano de reestruturação para sua operação no Brasil, que envolve o fechamento de 343 lojas e três armazéns.
A decisão, conforme comunicado enviado à Comissão Nacional do Mercado de Valores (CNNV), agência reguladora espanhola, foi motivada pelos persistentes resultados negativos da operação brasileira.
As lojas que encerraram suas atividades foram identificadas como de baixo desempenho. O grupo agora concentrará seus esforços na região de São Paulo, onde manterá em operação 244 unidades.
O diretor financeiro, Guillaume Marie Didier, assinou o comunicado, ressaltando que a empresa continuará a avaliar alternativas estratégicas para seus negócios restantes no Brasil.
“Dessa forma, o grupo ajusta seu escopo no país para concentrar seus negócios na região de São Paulo, onde o negócio tem uma maior rentabilidade e a concentração de lojas permite capitalizar a rede logística e a redução de custos”, disse.
Grupo Dia busca reestruturação
A presença do Grupo Dia no Brasil iniciou-se em 2001, porém, diante das dificuldades enfrentadas, a empresa tem buscado reestruturar suas operações. Em agosto, o grupo anunciou sua saída de Portugal, visando concentrar-se em seus mercados principais. Além disso, reiterou seu compromisso com desinvestimentos para reduzir sua alavancagem financeira líquida.
“Essa medida permitirá o direcionamento de recursos aos mercados mais lucrativos do Grupo Dia, Espanha e Argentina, onde a companhia alcançou uma posição de liderança no mercado com foco estratégico em distribuição de alimentos em proximidade.”
Em fevereiro deste ano, o grupo reportou uma redução significativa em seu prejuízo líquido anual, passando de 124 milhões de euros em 2022 para 30 milhões de euros.
A empresa tomou a decisão como parte de uma reestruturação de sua subsidiária brasileira, revelou. A marca inaugurou sua primeira loja no país em 2001. Em agosto, a empresa anunciou sua saída de Portugal, tendo vendido seus quase 500 supermercados, visando concentrar-se em seus principais mercados. Além disso, reiterou o compromisso com desinvestimentos para reduzir sua alavancagem financeira líquida.