Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão desta sexta-feira (15) próximos à estabilidade. A neutralidade vem após acumularem fortes ganhos durante a semana, chegando aos níveis mais altos em quatro meses. As empresas do setor também foram impactadas.
Ao passo que o petróleo tipo Brent se manteve superior aos US$ 85 por barril, o WTI ficou acima dos US$ 80.
Esses dados surgem em meio a preocupações de agentes financeiros com a oferta, tensões geopolíticas e de expectativas para uma demanda resiliente.
Em Londres, na ICE (Intercontinental Exchange), o petróleo Brent, com vencimento em maio, fechou com recuo de 0,09%, a US$ 85,34 por barril. Já na Nymex (New York Mercantile Exchange), o WTI para junho registrou queda de 0,06%, cotado a US$ 80,14.
Na Bolsa de Valores brasileira (B3), os papéis da Petrobras (PETR4) fecharam com retração de 0,28%, a R$ 36,32. A Prio (PRIO3), por sua vez, caiu 1,65%, enquanto a Petroreconcavo (RECV3) fechou que alta expressiva de 4,15%, a R$ 22,85.
A semana foi marcada por fortes ganhos, impulsionados por relatórios da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e da AIE (Agência Internacional de Energia) apontando para possível resiliência na demanda.
“A tendência que indicava uma alta suave dos preços sugere que a parte mais rápida da recuperação ainda está por vir”, declarou, ao “Valor Econômico” Alex Kuptsikevich, analista de mercados sênior da FxPro.
Petróleo e gás: produção no País cai 1,8%, puxada pela Petrobras (PETR3)
Em janeiro, a produção de petróleo e gás natural no Brasil diminuiu pelo segundo mês consecutivo, totalizando 4,487 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), refletindo uma queda de 1,8% em relação ao mês anterior.
A redução foi liderada pela Petrobras (PETR3; PETR4), que registrou uma produção de 2,877 milhões de boed, representando uma diminuição de 2% em comparação com dezembro de 2023, de acordo com informações fornecidas pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).