Ao surfar na Black Friday mais lucrativa de sua história, o Magalu (MGLU3) reportou um lucro líquido ajustado de R$ 101,5 milhões para o período de outubro a dezembro.
Este resultado é o primeiro positivo após dois anos, revertendo um prejuízo líquido ajustado de R$ 15,2 milhões entre outubro e dezembro de 2022. Sem ajustes, o lucro somou R$ 212,2 milhões no quarto trimestre de 2023, revertendo prejuízo de R$ 35,9 milhões.
A gestão caracterizou o último trimestre de 2023 como “o trimestre da virada para o Magalu“, destacando as melhorias operacionais registradas em todos os seus canais de vendas, incluindo lojas físicas, comércio eletrônico e marketplace.
“O nosso foco em 2023 foi a expansão da rentabilidade, o crescimento do lucro, o aumento da margem operacional. A gente entregou tudo, mesmo com juros altos” disse Vanessa Papini Rossini, diretora-adjunta de relações com investidores.
Ebitda do Magalu (MGLU3) avança 12%
No quarto trimestre de 2023, o Ebitda do Magalu (MGLU3), que representa o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, registrou um aumento significativo de 12,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo a marca de R$ 756,5 milhões.
Além disso, a margem Ebitda teve um avanço de 1,2 ponto percentual, alcançando 7,2%, o melhor resultado em três anos.
Durante o trimestre, o Magalu (MGLU3) gerou R$ 1,5 bilhão em caixa operacional, resultando em um saldo líquido de caixa de R$ 1,7 bilhão ao final do ano.
Excluindo os ajustes não recorrentes, o lucro líquido da empresa atingiu R$ 212,2 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 35,9 milhões registrado no ano anterior. Entre os itens não recorrentes estão as provisões para o diferencial de alíquota (Difal) do ICMS de 2022 e a contabilização da venda da participação na Luizaseg, entre outros.
A margem bruta alcançou 30,3%, um aumento de 2,5 pontos percentuais em relação ao terceiro trimestre de 2022 e praticamente estável em comparação com o trimestre anterior. Segundo a empresa, esse resultado se deve à conclusão do repasse do difal, além de campanhas comerciais, incluindo a Black Friday mais lucrativa da história do Magalu. A margem de produtos aumentou 1,1 ponto percentual no período, enquanto a receita de serviços contribuiu com 1,4 ponto percentual para a margem bruta total.
Vendas totais Magalu (MGLU3) crescem quase 5%
No panorama anual, as vendas totais do Magalu (MGLU3), incluindo seu marketplace, apresentaram um crescimento de 4,8%, atingindo R$ 63,056 bilhões. No entanto, outros aspectos do balanço indicaram um desempenho inferior em comparação com 2022.
A receita líquida registrou um declínio de 1,4%, alcançando R$ 36,768 bilhões. O Ebitda, por sua vez, diminuiu em 55%, totalizando R$ 870 milhões em 2023, enquanto o prejuízo líquido aumentou de R$ 372 milhões para R$ 550 milhões.
Magalu (MGLU3): marketplace ultrapassa loja física
Outro ponto de destaque é o desempenho das vendas pelo marketplace, que totalizaram R$ 5,1 bilhões no trimestre, superando os R$ 5 bilhões alcançados pelas lojas físicas.
Essas transações realizadas pelos 360 mil vendedores contribuíram significativamente para o aumento das receitas de serviços, que atingiram R$ 1 bilhão para o Magazine Luiza, representando um crescimento de 16,9%.
Além disso, a executiva ressaltou a importância do Fulfillment (serviço logístico para os vendedores) e do Magalu Ads, que são utilizados para promover os produtos desses parceiros.
De acordo com a diretora-adjunta de Relações com Investidores, os investimentos nessas tecnologias continuarão sendo priorizados pela varejista ao longo de 2024.
“O foco continua sendo o crescimento do lucro, as margens, do lucro operacional, do lucro líquido e do caixa. Quando olhamos as alavancas para o resultado do quarto trimestre, como as receitas de serviços do marketplace, elas são recorrentes (para 2024)”, explicou a executiva.