Ânimo com corte de juros

Ibovespa fecha em alta à espera do Copom e FED; dólar sobe

O Ibovespa fechou a sessão desta terça-feira (19) com alta de 0,45%, aos 127.528,85 pontos. O dólar subiu, a R$ 5,02.

Ibovespa cai
Foto: Pixabay / Ibovespa

O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta terça-feira (19) com alta de 0,45%, aos 127.528,85 pontos. O dólar comercial subiu 0,07%, a R$ 5,02.

A esperança que o mercado guarda para as decisões dos BC’s (Bancos Centrais) do Brasil e dos EUA, na “Super-Quarta”, manteve o Ibovespa no positivo. Apesar de não ter alcançado o patamar dos 128 pontos, o índice se viu na zona de convergência de bons fatores. Isto, pois, o preço do minério de ferro, que impacta diretamente a operação da Vale (VALE3), voltou a subir.

Na “Super-Quarta”, que acontece nesta quarta-feira (20), o Copom (Comitê de Política Monetária) e o FED (Federal Reserve), apresentarão suas decisões cobre a continuidade, ou início – no caso dos EUA – de corte na taxa de juros de seus respectivos países.

A decisão mexe com a disposição pelos ativos do mercado. Sendo assim, no Brasil, a expectativa de corte em torno de 0,5 ponto percentual (p.p.) na Selic (taxa básica de juros), anima os investidores.

Enquanto isso, o minério de ferro, um das principais commodities do mercado global, teve sua segunda sessão consecutiva em alta. A matéria-prima fechou com alta de 5,35%, a US$ 114,87 a tonelada, na DCE (Bolsa de Mercadorias de Dalian). Na China, mercado com maior demanda, o interesse pela estocagem tem sido crescente.

Entre os papéis de destaque no pregão, Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos, disse ao BP Money, que os investidores tem sido surpreendidos pelas mudanças na governança da Vivara (VIVA3). A empresa fechou em queda mais uma vez, após a alteração no cargo de CEO, com Nelson Kaufman assumindo a cadeira.

“As ações do setor de papel e celulose subiram, apoiado em um cenário favorável para aumento de preços de celulose na bolsa de Xangai, na China, além do retorno do dólar para patamar acima de R$ 5, que também tende a beneficiar as empresas, por serem exportadoras”, observou.

Altas e Baixas do Ibovespa: Vale (VALE3) tem leve avanço e Petrobras (PETR4) cai

No setor petrolífero, as ações da Petrobras (PETR3;PETR4) recuaram 1,11% e 0,74%, respectivamente. Prio (PRIO3) valorizou 3,04%.

Entre as mineradoras e siderúrgicas, a Vale (VALE3) teve ganhos baixos de 0,82%. Gerdau (GGBR4) registrou alta de 1,07%. Usiminas (USIM5) valorizou de forma mais expressiva a 2,42%.

No setor bancário recuou em maioria. Com Itaú (ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3) subindo 0,14% e caindo 0,36%, respectivamente. Bradesco (BBDC4) e Santander (SANB11) também desvalorizaram 0,56% e 1,40%, em sequência.

Entre as varejistas, Magazine Luiza (MGLU3) caiu drasticamente 6,19%. As Lojas Americanas (AMER3) seguiram o movimento, com recuo de 1,89%. Casas Bahia (BHIA3) valorizou 2,30%.

A Embraer (EMBR3)  liderou os ganhos do Ibovespa, avançando 6,55%. Logo atrás, Braskem (BRKM5) e Petz (PETZ3) registraram altas de 5,62% e 5,24%, respectivamente.

Já na ponta negativa, Magalu (MGLU3) liderou as perdas, caindo 6,19%. Em seguida, vieram Tim (TIMS3) e Alpargatas (ALPA4), com perdas de 1,61% e 1,19%.

Índices do exterior consumam alta

Os principais índices europeus tiveram desempenhos mistos nesta terça-feira (19). O índice DAX, de Frankfurt, valorizou 0,27%, enquanto o CAC 40, de Paris, avançou 0,65%. Já o índice pan-europeu Stoxx 600 subiu 0,27%. Em Wall Street, os índices S&P 500 e Nasdaq avançaram 0,56% e 0,39%, respectivamente. Já o Dow Jones avançou 0,83%.