As bolsas globais operam em alta, na manhã desta quinta-feira (21), repercutindo a decisão sobre o juros norte-americano da autarquia monetária dos EUA, definido na última “Super Quarta”. Os índices futuros dos EUA registram ganhos, seguindo a tendência positiva observada na sessão anterior.
O Fed (Federal Reserve) optou por manter a taxa de juros inalterada, reafirmando sua indicação de realizar três cortes ao longo deste ano. Essa decisão solidificou as expectativas de que o primeiro corte ocorrerá em junho.
Enquanto isso, no Brasil, o Copom (Comitê de Política Monetária) do BC (Banco Central) deliberou, de forma unânime, por reduzir a taxa Selic em 0,50 ponto percentual.
Essa medida leva a taxa básica de juros brasileira para 10,25% ao ano, marcando o sexto corte consecutivo desde o início do ciclo de flexibilização monetária.
Bolsas globais repercutem decisões sobre juros
Na última quarta-feira (20), houve otimismo nas bolsas globais com o Fed, que não fixou uma data específica para iniciar o afrouxamento monetário, mas indicou a intenção de três reduções ao longo do ano, totalizando 75 pontos-base, aumentando as expectativas de que o ciclo começará em junho.
No âmbito doméstico, os investidores apresentaram certa perplexidade com o comunicado do Copom, que utilizou o singular ao abordar o próximo passo e ofereceu pouca explicação sobre o “aumento das incertezas domésticas”.
No comunicado, o BC mudou o trecho de que pretende continuar o ritmo de redução da Selic para as próximas reuniões, contratando apenas um novo corte de 0,50 para a próxima reunião, o que deixa incerto qual a decisão do Copom para a reunião de junho.
O mercado segue aguardando uma resposta mais detalhada na ata (prevista para próxima terça-feira, dia 26) e, na véspera do anúncio do relatório bimestral de receitas e despesas, é inevitável especular se o BC está se referindo à situação fiscal.
No continente europeu, às 9h (horário de Brasília), o Banco da Inglaterra (BoE) está previsto deve anuncia a manutenção da taxa de juros em 5,25%, ainda sem fornecer clareza sobre o momento do primeiro corte.
EUA
Os mercados americanos continuam em ascensão, impulsionados pelas indicações do Fed. Hoje, os investidores estarão atentos aos dados sobre os pedidos de subsídio de desemprego e às condições de vendas de casas, programados para esta manhã. Além disso, aguardam os resultados da rede de restaurantes Darden antes da abertura, seguidos pela divulgação dos resultados da FedEx e Nike após o fechamento do mercado. O vice-presidente de supervisão do Fed, Michael Barr, também participará de um evento nesta quinta-feira (21).
Cotação dos índices futuros dos EUA:
Dow Jones Futuro: +0,26%
S&P 500 Futuro: +0,37%
Nasdaq Futuro: +0,69%
Bolsas asiáticas
Na Ásia e no Pacífico, os mercados encerraram majoritariamente em alta nesta quinta-feira, um dia após o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) reafirmar a previsão de três cortes de juros este ano, enquanto mantinha suas taxas inalteradas. No retorno de um feriado no Japão, o índice Nikkei subiu 2,03% em Tóquio, alcançando uma nova máxima histórica de 40.815,66 pontos. O sul-coreano Kospi também apresentou um salto de 2,41% em Seul, atingindo 2.754,86 pontos. O Hang Seng avançou 1,93% em Hong Kong, chegando a 16.863,10 pontos, enquanto o Taiex registrou um ganho de 2,10% em Taiwan, alcançando 20.199,09 pontos.
Shanghai SE (China), -0,08%
Nikkei (Japão): +2,03%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,93%
Kospi (Coreia do Sul): +2,41%
ASX 200 (Austrália): +1,12%
Bolsas europeias
Na Europa, os mercados também operam em alta, com os investidores da região acompanhando de perto as últimas decisões de política monetária do Banco da Inglaterra, do Norges Bank e do Swiss National Bank. O Banco Nacional Suíço surpreendeu o mercado ao anunciar a redução de sua taxa de juros em 0,25 ponto percentual, para 1,5%, citando expectativas de que a inflação nacional permanecerá abaixo de 2% no futuro próximo.
FTSE 100 (Reino Unido): +0,90%
DAX (Alemanha): +0,49%
CAC 40 (França): +0,11%
FTSE MIB (Itália): +0,28%
STOXX 600: +0,59%
Ibovespa: relebre a véspera
O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, fechou a sessão desta quarta-feira (20) com alta de 1,25%, aos 129.124,83 pontos. O dólar comercial caiu 1,09%, a R$ 4,97.
Em uma sessão regada pela “Super-Quarta”, o resultado do Ibovespa mostrou que a decisão do FED (Federal Reserve) repercutiu bem no mercado interno e externo. Após o fechamento, o Copom (Comitê de Política Monetária) deve divulgar a decisão sobre o possível corte na Selic (taxa básica de juros), e os investidores têm boas expectativas para esse movimento também.
Radar corporativo
No quarto trimestre de 2023, a rede de joalherias Vivara (VIVA3) viu seu lucro líquido diminuir em 8,6% em relação ao mesmo período de 2022, passando de R$ 157,8 milhões para R$ 144,2 milhões.
Além disso, a Prio (PRIO3) fechou o pregão desta quarta-feira (20) com queda de 3,58%, a R$ 47,45, como resultado da contração do petróleo durante esta tarde. A commodity chegou a cair 2% no dia, após apresentar alta acumulada na semana.
Agenda do dia
A agenda desta quinta-feira (21) destaca a arrecadação federal de fevereiro no Brasil e dados de atividade econômica nos EUA.
Por aqui, o presidente Lula participará da Cerimônia de Lançamento do Plano Juventude Negra Viva às 10h (horário de Brasília). Em seguida, serão divulgados os números da arrecadação federal de fevereiro, seguidos pelo fluxo cambial semanal às 14h30 (horário de Brasília).
Nos EUA, os dados incluem os pedidos de seguro-desemprego semanal às 9h30 (horário de Brasília), com um consenso do LSEG prevendo 215 mil solicitações.
Às 10h45 (horário de Brasília), serão divulgados os índices PMI de serviços e da indústria, seguidos pelas vendas de casas usadas de fevereiro às 11h45.