A empresa aérea Gol (GOLL4) enfrenta, nos EUA, um processo de recuperação judicial que não deve direcionar efeitos à geração de receitas dos aeroportos brasileiros. Além disso, as notas de crédito para emissão de debêntures também não sofrem impacto, disse a Fitch Ratings.
Alessandra Taniguchi e Eduardo Djanikian, analistas da agência de riscos, afirmaram que o Chapter 11 da Gol – como é conhecido o processo de RJ nos EUA – não é um problema para os aeroportos, de acordo com o Valor Econômico.
Isto por conta dos slots, que devem seguir sendo utilizados pela aérea. A empresa é responsável por cerca de 34% de participação nos voos no Brasil.
“Os aeroportos avaliados pela Fitch informam que os custos aeroportuários estão sendo pagos pela companhia de forma antecipada ou pontual, logo, a situação da empresa não os impacta negativamente, ao menos até agora”, disseram em relatório.
A Fitch Ratings apontou que os aeroportos do Brasil têm apresentado forte recuperação, no quesito volume de passageiros. Sobretudo nos voos domésticos, quando posto em comparação com o período pré-pandemia, em 2019.
A análise dos agentes da Fitch incluiu o impacto do processo de Chapter 11 da Gol sobre os debêntures do aeroporto de Guarulhos – GRU Airport – Viracopos, Novo Norte Aeroportos, Concessionária dos Aeroportos da Amazônia, Concessionária do Bloco Central e Concessionária do Bloco Sul.
Gol (GOLL4) diz que avaliará “transações alternativas disponíveis”
A Gol (GOLL4) comunicou, nesta quinta-feira (7), que está considerando diferentes alternativas para angariar fundos, conforme comunicado ao mercado. No entanto, a empresa não fez menção à concorrente Azul (AZUL4) neste comunicado.
A companhia aérea em processo de recuperação judicial despertou o interesse potencial de aquisição por parte da Azul, conforme relatado pela imprensa nesta semana.
“A companhia, de maneira oportuna através de um processo competitivo a ser conduzido com o apoio de seus assessores, avaliará ativamente alternativas de capitalização e/ou transações alternativas disponíveis”, afirmou a Gol em breve comunicado ao mercado em que não menciona quais são as alternativas.