Recuperação Judicial

Gol (GOLL4) teve prejuízo de R$ 135 mi em janeiro

O relatório referente ao mês foi apresentado ao Tribunal de Falência dos EUA, como parte das exigências do processo de Chapter 11

Avião da Gol (GOLL4)
Foto: Divulgação / Gol (GOLL4)

A Gol (GOLL4) reportou um prejuízo líquido de R$ 135 milhões em janeiro. O relatório referente ao mês foi apresentado ao Tribunal de Falência dos EUA, como parte das exigências do processo de Chapter 11 (recuperação judicial) enfrentado pela aérea.

Segundo o Estadão, os dados exibidos pela Gol (GOLL4) são preliminares, pois não foram auditados ou revisados pelo auditor. Entre outras vertentes, a empresa brasileira teve um Ebitda – lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização – estimado em R$ 682 milhões, com margem de 34%.

Já a receita líquida fechou no patamar de R$ 1,982 bilhão. A dívida da Gol, em janeiro, estava avaliada em R$ 20,21 bilhões, em empréstimos e financiamentos, arrendamento, além dos financiamentos DIP. 

Ademais, o caixa, somado ao equivalente de caixa, totalizou R$ 2,151 bilhão, enquanto as contas a receber ficaram em R$ 1,052 bilhão. Segundo a Gol, as informações a serem apresentadas em cada relatório mensal, enquanto durar o processo, segue a metodologia do Código de Falências e outros regulamentos aplicáveis.

Gol (GOLL4): recuperação não atrai riscos aos aeroportos do Brasil

A empresa aérea Gol (GOLL4) enfrenta, nos EUA, um processo de recuperação judicial que não deve direcionar efeitos à geração de receitas dos aeroportos brasileiros. Além disso, as notas de crédito para emissão de debêntures também não sofrem impacto, disse a Fitch Ratings.

Alessandra Taniguchi e Eduardo Djanikian, analistas da agência de riscos, afirmaram que o Chapter 11 da Gol – como é conhecido o processo de RJ nos EUA – não é um problema para os aeroportos, de acordo com o Valor Econômico. 

Isto por conta dos slots, que devem seguir sendo utilizados pela aérea. A empresa é responsável por cerca de 34% de participação nos voos no Brasil

“Os aeroportos avaliados pela Fitch informam que os custos aeroportuários estão sendo pagos pela companhia de forma antecipada ou pontual, logo, a situação da empresa não os impacta negativamente, ao menos até agora”, disseram em relatório.

A Fitch Ratings apontou que os aeroportos do Brasil têm apresentado forte recuperação, no quesito volume de passageiros. Sobretudo nos voos domésticos, quando posto em comparação com o período pré-pandemia, em 2019.