IPC-S recua de 0,38% para 0,22% na 3ª medição de março

Desaceleração foi puxada pelo grupo Transportes; INCC-M registrou um aumento de 0,24% ante taxa de 0,20% do mês de fevereiro.

Consumo
Consumo / Foto: Reprodução/Marcelo Camargo

O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor Semanal) recuou para 0,22% na terceira mediação de março. A informação é da FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

Na segunda leitura do mês, o índice estava em 0,38%. No acumulado dos últimos 12 meses, o IPC-S apresentou alta de 3,05%.

A maior contribuição para o resultado do IPC-S partiu do grupo Transportes cuja taxa de variação passou de 0,77%, na segunda quadrissemana de março de 2024, para 0,50% na terceira quadrissemana de março de 2024.

Nessa classe de despesa, o destaque foi a gasolina, cujo preço variou 1,23%, ante 2,00% na edição anterior do IPC-S.

Na apuração, sete das oito classes de despesa componestes do índice registraram descéscimo: Educação, Leitura e Recreação (-1,68% para -2,00%), Alimentação (0,82% para 0,67%), Despesas Diversas (0,87% para 0,41%), Vestuário (0,22% para 0,07%), Habitação (0,49% para 0,47%) e Comunicação (0,09% para -0,08%).

Nessas classes de despesa, a FGV destaca o comportamento de passagem aérea (-9,40% para -10,90%), hortaliças e legumes (1,17% para -0,45%), serviços bancários (1,45% para 0,74%), calçados infantis (0,60% para -0,29%), aluguel residencial (3,52% para 3,14%) e mensalidade para internet (-0,61% para -1,05%).

Em contrapartida, o grupo Saúde e Cuidados Pessoais (0,42% para 0,44%) apresentou avanço em sua taxa de variação. Nesta classe de despesa, vale citar o item artigos de higiene e cuidado pessoal (0,50% para 0,81%).

INCC-M acelera para 0,24%

Já o INCC-M (Índice Nacional de Custo da Construção) registrou um aumento de 0,24% em março, uma aceleração em comparação a taxa de 0,20% do mês de fevereiro. Nos últimos doze meses, o índice acumulou um crescimento de 3,9%

Segundo a FGV Ibre, o movimento indica uma tendência de estabilização nos custos da construção no curto prazo.

A componente referente a Materiais, Equipamentos e Serviços evidenciou uma modesta aceleração em seu crescimento, passando de 0,23% em fevereiro para 0,25% em março.

No grupo, a categoria de Materiais e Equipamentos registrou um aumento de 0,26% em março, marcando um incremento em relação à taxa de 0,20% vista em fevereiro.

No âmbito do grupo de Serviços, observou-se uma redução significativa na variação, que passou de 0,49% em fevereiro para 0,14% em março. Essa diminuição foi reflexo no item “projetos”, que viu sua taxa de variação recuar de 0,69% para 0,34%.

A mão de obra da construção teve inflação de 0,23% em março, leve aceleração em relação à alta de 0,16% observada em fevereiro.

Em relação às capitais pesquisada, Brasília, Recife e São Paulo experimentaram desaceleração no INCC-M,enquanto Salvador e Belo Horizonte registraram um avanço em suas taxas de variação.

Já o Rio de Janeiro e Porto Alegre apresentaram estabilidade em suas taxas de variação.