Os papéis da Embraer (EMBR3) saltaram 14% na semana anterior, acumulando ganho de aproximadamente 48% em 30 dias no Ibovespa. Com o crescimento, o valor de mercado da empresa chegou a quase R$ 25 bilhões.
Analistas do BB Investimentos apontam que esse movimento positivo foi iniciado em março, quando a American Airlines (AALL34) encomendou, para a sua frota, 133 jatos da Embraer (EMBR3). As entregas serão a partir de 2025.
O acordo deve superar os US$ 7 bilhões se todos os direitos da compra forem exercidos.
Além disso, o otimismo foi reforçado com a divulgação dos resultados do quarto trimestre de 2023 da companhia, com um guidance e a possibilidade de retorno dos dividendos.
“Para analistas, os resultados vieram robustos e acima do esperado. O destaque ficou com o fluxo de caixa livre, que fechou o ano em US$ 320 milhões, ante uma projeção de aproximadamente US$ 150 milhões. Na divulgação de resultados, a companhia atribuiu o desempenho principalmente a uma redução nos estoques e fortes pagamentos pré-entrega das aeronaves por parte dos compradores”, afirmou o BB, de acordo com o “Suno”.
“Em relação às projeções, ou guidance para este ano, a Embraer estima atingir receitas consolidadas entre US$ 6 bilhões e US$ 6,4 bilhões. A empresa projeta ainda uma margem Ebitda ajustada entre 6,5% e 7,5% para o ano, com fluxo de caixa livre de US$ 220 milhões ou maior”, acrescentaram analistas.
Analistas elevam preço-alvo da Embraer (EMBR3)
Com os dados mais positivos, analistas elevaram o preço-alvo da Embraer (EMBR3).
O Morgan Stanley (MSBR34) alterou sua expectativa para o preço, indo de US$ 19,50 para US$ 40, sinalizando agora que a empresa entra em múltiplos ciclos de investimento e se insere no período de colheita.
“A companhia está sendo vista como um terceiro player aeroespacial comercial à altura da competição e entrando no duopólio da Boeing e da Airbus”, declarou a instituição.
No início de março, o BTG Pactual (BPAC11) havia incluído a Embraer em sua carteira recomendada de ações. Além disso, grandes bancos norte-americanos, como o Goldman Sachs e o JPMorgan, publicaram relatórios em que apresentavam uma visão positiva para a organização.