O PMI (índice de gerente de compras) industrial do Brasil em março foi de 53,6, um recuo em relação ao resultado de fevereiro, de 54,1, informou a S&P Global nesta segunda-feira (1).
O número representa o segundo patamar mais alto desde julho de 2022 e indica expansão da atividade, já que se mantém acima de 50,0 há três meses.
De acordo com a pesquisa, a recuperação da demanda tem sido essencial para a melhoria da saúde do setor industrial. O volume de novos pedidos aumentou pelo terceiro mês consecutivo em março, a taxa mais forte em mais de dois anos e meio.
A recuperação foi generalizada nas três grandes áreas do setor industrial e liderada pelos bens de capital. Incentivados pela recuperação no volume de novos negócios, os fabricantes no Brasil aumentaram a produção em março, na segunda expansão mais forte desde meados de 2021.
Através de nota, Pollyanna De Lima, diretora associada de Economia da S&P Global Market Intelligence, destacou a melhoria do desempenho do setor no primeiro trimestre de 2024 comparado ao quarto trimestre de 2023.
“Os esforços das empresas para reconstruir os estoques e atender ao aumento do apetite dos clientes induziram a criação de empregos e outra rodada de crescimento na compra de insumos. As pressões sobre os custos permaneceram relativamente leves e a inflação de preços caiu para um mínimo de três meses, aumentando a probabilidade de outro corte na taxa básica de juros”, listou.
Ela afirmou, no entanto, que os fabricantes brasileiros seguem na luta para garantir novos pedidos do exterior. “Os participantes da pesquisa mencionaram a Ásia, a Europa e a América Latina como as principais fontes de fragilidade da demanda.”