As cooperativas de crédito ampliaram a participação como agentes repassadores de recursos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), atingindo recorde em 2023.
No ano passado, três dos cinco maiores repassadores de linhas e programas do BNDES foram cooperativas de crédito. O Sicredi, que reúne 104 cooperativas de todos os Estados do país, foi o maior deles, com aprovações que somaram quase R$ 10 bilhões.
As fatias das cooperativas representaram 13,6% dos R$ 174,5 bilhões aprovados para todas as operações de crédito do banco – diretas e indiretas – no ano passado. Dez anos antes, em 2013, as cooperativas representaram apenas 1% dos R$ 239,6 bilhões em aprovação.
O montante das aprovações por meio de cooperativas de crédito ou bancos cooperativos disparou 811,5%: passou de R$ 2,6 bilhões em 2013 para R$ 23,7 bilhões em 2023.
No Brasil, as cooperativas de crédito são supervisionadas pelo BC (Banco Central) e oferecem os mesmos tipos de produtos e serviços de um banco comercial, tendo depósitos garantidos pelo FgCoop (Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito), criado em 2014.
De acordo com dados do BC (Banco Central), o país conta, atualmente, com 823 cooperativas de crédito e dois bancos cooperativos. São, ao todo, cerca de 16 milhões de brasileiros cooperados e 9.122 mil agências físicas em território nacional.
O BNDES encara as cooperativas como protagonistas na ampliação do acesso ao crédito por micro, pequenos e médios empresários.
Na divulgação dos resultados anuais, em março, a diretoria do banco de fomento informou que os maiores beneficiários do crédito em 2023 foram as micro, pequenas e médias empresas. “E isso se deu pelo aumento de participação das cooperativas”, disse.