O Banco Central Europeu (BCE) decidiu, pela quinta reunião consecutiva, manter suas taxas de juros inalteradas, como foi informado nesta quinta-feira (11).
A taxa de refinanciamento, que é a principal da região, permaneceu em 4,50%, enquanto a taxa sobre depósitos foi mantida em 4,0% e a taxa sobre empréstimos marginais continuou em 4,75%.
A decisão já estava amplamente antecipada pela maioria dos analistas de mercado, de acordo com o consenso da LSEG.
Na decisão, o BCE observou que a maioria das medidas da inflação subjacente está diminuindo, que o crescimento salarial está se moderando gradualmente e que as empresas estão absorvendo parte do aumento dos custos trabalhistas em seus lucros.
No entanto, o BCE advertiu que as pressões internas sobre os preços são fortes e que isso mantém a inflação dos preços dos serviços ainda elevada.
Avaliação do BCE
“Se a avaliação atualizada do Conselho do BCE relativamente às perspectivas de inflação, a dinâmica da inflação subjacente e a força da transmissão da política monetária aumentarem ainda mais a sua confiança de que a inflação está convergindo para o objetivo de forma sustentada, seria apropriado reduzir o nível atual de restrição da política monetária”, comentou o banco, sem precisar uma data.
As taxas europeias permanecem no mesmo nível desde outubro, quando o BCE interrompeu um ciclo de alta que durou 10 reuniões. Durante esse período, as taxas subiram 450 pontos-base, atingindo um patamar recorde.
Inflação: EUA e Europa veem sinais de vitória contra alta
Nos EUA e na Europa, os principais membros dos bancos centrais se aproximam de declarar a alta da inflação vencida, a maior de uma geração, aponta a Folha de S. Paulo. Novos dados aumentaram a confiança de quem está à frente das decisões e mudanças nas taxas de juros podem ocorrer até o verão.
Entre os dados relevantes para a inflação, o payroll, indicador da geração de emprego nos EUA, para o intervalo de dezembro e janeiro, sofreu revisão para baixo, divulgada na sexta-feira (8). Com isso, as estimativas de corte na taxa de juros do país para junho se consolidaram.
Foram geradas 275 mil novas vagas de emprego fora do setor agrícola, contudo, a taxa de desemprego também cresceu, para 3,9%. Enquanto isso, na Zona do Euro, os números mostraram um desânimo no crescimento dos salários e dos lucros.