Para Roberto Campos Neto, presidente do BC (Banco Central), não seria uma boa situação não ter um candidato para a sua vaga na instituição até 31 de dezembro, prazo final de seu mandato.
Em entrevista à Globonews, o mandatário do BC vê que um mês seria um bom período para conviver com o futuro presidente da autoridade monetária. O futuro executivo será indicado pelo governo Lula.
Segundo Campos Neto, ele está comprometido com a passagem da função da maneira mais suave que houver.
Além disso, ele defendeu, também, a importância de que antes do recesso do Congresso um nome seja definido para sua vaga. Ter uma indicação entre setembro e outubro seria o tempo considerado, por ele, positivo.
Campo Neto reafirmou que o futuro presidente do BC precisa “vestir a camisa” da autoridade monetária e entender que existem metas a serem cumpridas, tanto para a meta de inflação quanto para a estabilidade financeira.
BC: governo permite acordos com bancos para recuperar R$ 18 bi
O BC (Banco Central) recebeu do governo Lula autorização para tratar acordos com bancos e membros do Sistema Financeiro Nacional na tentativa de recuperar valores em torno de R$ 18 bilhões que a instituição tem a receber, de acordo com o “Valor Econômico”.
A AGU (Advocacia-Geral da União) publicou nesta terça-feira (9), no Diário Oficial da União, a permissão para que o BC faça transações de créditos inscritos em dívida ativa com sistema financeiro.
Somente em ações de execução fiscal vistas como ‘quase irrecuperáveis’, há cerca de R$ 17,9 bilhões. Com a nova portaria, o BC deve se empenhar para abordar tais acordos.
Conforme dados internos do BC, a recuperação dos créditos, no momento, equivale a apenas 2% do que se deve. Porém, através da permissão oferecida pela AGU, o volume pode saltar e chegar aos 20%, segundo fonte da instituição monetária.