As exportaçoes do agronegócio brasileiros registraram alta de 4,4% no primeiro trimestre de 2024, com rendimento de US$ 37,4 bilhões de janeiro a março. O resultado representa um recorde do setor para o período. Os dados são da Secex (Secretaria de Comércio Exterior), compilados pelo Ministério da Agricultura.
O número foi puxado, principalmente, pelo avanço dos volumes embarcados – que, em média, foi de 14,6%. O preço médio das vendas, em contrapartida, recuou 8,8%.
De acordo com o Ministério da agricultura, os principáis responsáveis pelo incremento das exportações foram o açuçar (+US$ 2,5 bilhões), algodão (+US$ 997,4 milhões) e café verde (+US$ 563,6 milhões).
Em contrapartida, houve queda na exportação de produtos “carro-chefe”, como milho (-US$ 1,2 bilhão), soja em grãos (-US$ 901,30 milhões) e óleo de soja (-US$ 543,45 milhões).
Ainda de acordo com a pasta, o agronegócio foi responsável pela fatia de 47,8% das vendas externas totais do Brasil no primeiro trimestre. Em 2023, o segmento representou 47,3%.
Exportações do Brasil para a China crescem 49,1% no 1º bimestre
O volume de exportações do Brasil para a China no primeiro bimestre de 2024 cresceram 49,1%, comparado ao mesmo período do ano passado.
A informação foi apontada pelo Icomex (Indicador de Comércio Exterior), divulgado nesta quarta-feira (20) pelo FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas).
Durante o período, as trocas comerciais com o país asiástico corresponderam a 43% do superávit de US$ 11,9 bilhões registrado pela balança comercial brasileira.
O petróleo correspondeu a 25% das vendas brasileiras, enquanto a soja tem uma fatia de 22% e o minério de ferro, de 25%.
“Um índice de concentração de 72% em três produtos. No primeiro bimestre, a participação da China nas exportações brasileiras foi de 29,1%, com aumento em valor de 47% nas exportações (alta de 49,1% em volume). O saldo foi de US$ 5,2 bilhões, 43% do superávit total do Brasil”, frisa o FGV/Ibre.
Quanto aos demais parceiros comerciais do Brasil, as exportações para os EUA cresceram 21,5% no primeiro bimestre, em volume, e avançaram 20,5% para a Ásia – excluídos China e Oriente Médio.