Devagar e sempre

Fed de Boston prevê dois cortes em 2024

"Isso não muda minha perspectiva básica de que a inflação continuará a cair com um mercado de trabalho saudável", disse a presidente do Fed.

(Foto: stock adobe)
(Foto: stock adobe)

A presidente do Fed (Federal Reserve) de Boston, Susan Collins, reforçou que não vê a necessidade de uma urgência em cortar as taxas de juros no curto prazo dos EUA. Ela entende que a alta inflação aumenta a resiliência do mercado de trabalho.

A presidente do Fed pontuou que já havia planejado dois cortes nas taxas e acrescentou que não seria prudente dar muito peso a nenhum número.

A autoridade prevê que a inflação seguirá diminuindo, mas é possível que ela demore mais que o esperado anteriormente.

“Já marquei dois cortes, o que é mais provável do que três num ambiente que exige muita paciência”, declarou Collins, de acordo com a “Bloomberg”.

Além disso, ela acrescenta que os preços desta semana foram maiores que o esperado.

Mesmo que a chefe do Fed de Boston espere cortes apropriados ainda neste ano, ela também espera que o movimento deva ser mais tarde do que o esperado por ela anteriormente.

“Isso não muda minha perspectiva básica de que a inflação continuará a cair com um mercado de trabalho saudável, só acho que levará mais tempo”, concluiu.

Fed: diretor prevê corte na taxa de juros no 4º tri

O início dos cortes na taxa de juros dos EUA deve acontecer no quarto trimestre de 2024, de acordo com a previsão do diretor do Fed (Federal Reserve), Raphael Bostic.

“Se a economia evoluir como eu espero e se observarmos uma robustez contínua no PIB e no emprego, e um declínio lento na inflação ao longo do ano, acho que será apropriado começarmos a reduzir no final deste ano, no quarto trimestre”, disse Bostic à emissora CNBC.

A presidente do Fed, Loretta Mester, também defendeu uma linha mais cautelosa em discurso feito durante um evento local, na terça-feira (2).

“Se a economia evoluir conforme o esperado, em minha opinião, será apropriado que o Fomc comece a reduzir a taxa de juros ainda este ano, conforme a inflação continuar em sua trajetória descendente rumo a 2% e o mercado de trabalho e o crescimento econômico permanecerem sólidos”, defendeu Mester.