Em um fato relevante, a Movida (MOVI3) Participações anunciou sua decisão de adotar diretrizes para 2024.
A empresa tem a expectativa de aumentar o preço diário da frota operacional de aluguel de carros (RAC) em 4,2% ao mês durante o ano, o que representaria um aumento de receita anual de R$ 387 milhões.
Além disso, planeja aumentar as vendas de veículos seminovos no varejo para uma média de 34 carros por loja por mês, representando um crescimento de 21% em relação à média de 2023.
Planejamento da Movida
A Movida ainda planeja reduzir o desconto em relação à tabela da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) na venda de carros seminovos para 5,5% no varejo e 16,5% no atacado.
A companhia pretende aumentar a participação do segmento de Gestão e Terceirização de Frotas (GTF) para 60% do capital investido até o final de 2024, priorizando a alocação de recursos nesse segmento.
“A Movida segue com muita disciplina na execução do planejamento estratégico e foco em excelência operacional, de modo a extrair o máximo de valor de seus ativos e promover a geração de valor adequada aos seus acionistas”, destaca a companhia no documento.
Analistas avaliam
De acordo com analistas do banco BTG (BPAC11), a adoção do guidance pela Movida evidencia o compromisso da empresa em alcançar seus objetivos, especialmente na alocação de capital para a divisão de frotas. Esse segmento é valorizado devido à sua melhor eficiência unitária e maior estabilidade de receitas.
Ao mesmo tempo, a concentração na melhoria do desempenho do RAC está em sintonia com as tendências do setor, conforme observado em empresas como a Localiza (RENT3), sugerindo uma abordagem racional por parte do mercado.
As ações da Movida fecharam o pregão de sexta-feira (12) em queda de 3,82%, a R$7,80.
Movida (MOVI3) capta US$ 500 mi com emissão de bônus no exterior
A Movida (MOVI3) captou US$ 500 milhões nesta quinta-feira (4) com uma emissão de bônus no exterior com taxa de 8,125% e vencimento de cinco anos.
A demanda da Movida (MOVI3) pode ser considerada “fraca” em relação a suas operações recentes, por só chegar a US$ 900 milhões.
A título de comparação, a antiga Votorantim Metais, atual Nexa Resources, emitiu US$ 600 milhões na véspera e teve uma demanda seis vezes maior que a oferta.
A locadora esperava entre US$ 500 milhões e US$ 750 milhões com prazo de cinco a sete anos.
Ela deve usar os recursos para pagar dívidas no mercado nacional e para “fins corporativos gerais”, incluindo investimentos, conforme antecipado pelo “Valor”.
Na operação atual, o Goldman Sachs, Bradesco BBI (BBDC4), BTG Pactual (BPAC11), Itaú BBA (ITUB4), Citi, MUFG, UBS, XP e Santander (SANB11) estão envolvidos.