Elon Musk comunicou, nesta segunda-feira (15), aos funcionários que a Tesla (TSLA34) reduzirá sua força de trabalho global em mais de 10%, em resposta a uma desaceleração na demanda por veículos elétricos.
O CEO da Tesla mencionou a duplicação de funções e a necessidade de reduzir custos como motivos para os cortes, de acordo com o memorando visto pela Bloomberg News. Se os cortes forem aplicados em toda a empresa, isso resultaria na demissão de mais de 14 mil funcionários.
A companhia informou que as entregas de veículos no início deste mês ficaram significativamente aquém das expectativas, marcando seu primeiro declínio trimestral em quatro anos.
Uma série de analistas estão antecipando uma potencial queda nas vendas da fabricante de veículos elétricos ao longo do ano. Isso se deve à produção lenta de seu mais recente modelo, o Cybertruck, e a uma pausa no lançamento de novos produtos até que a empresa inicie a produção de um veículo de próxima geração no final do próximo ano.
“À medida que preparamos a empresa para a nossa próxima fase de crescimento, é extremamente importante analisar todos os aspectos para reduzir custos e aumentar a produtividade”, escreveu Musk no e-mail.
“Como parte deste esforço, fizemos uma revisão completa da organização e tomamos a difícil decisão de reduzir o nosso número de funcionários em mais de 10% globalmente. Não há nada que eu odeie mais, mas isso deve ser feito.”
Tesla (TSLA): lucro por ação surpreende em 2023, mas receita cai
O quarto trimestre testemunhou um aumento significativo no lucro da Tesla (TSLA; Nasdaq), registrando um crescimento de 115% em relação ao mesmo período de 2022, alcançando a marca de US$ 7,93 bilhões.
No cálculo diluído por ação, o lucro atingiu US$ 2,27, refletindo um aumento de 112%. Paralelamente, a receita global da empresa aumentou 3%, atingindo US$ 25,17 bilhões na mesma base de comparação.
Ao longo do ano, o lucro totalizou US$ 15 bilhões, apresentando um aumento anual de 19%, enquanto o lucro por ação foi de US$ 4,30. A receita anual alcançou a cifra de US$ 96,77 bilhões, registrando um crescimento de 19%.
O desempenho anual do lucro superou as expectativas do mercado norte-americano, que estimava US$ 3,05 por ação. Entretanto, a receita ficou levemente aquém dos US$ 97,46 bilhões previstos.