Atividade econômica aquecida

CNI projeta expansão de 2,1% no PIB industrial

Expectativa é de crescimento equilibrado entre os setores, com aumento de 2,0% da construção, 1,7% da transformação e 3,1% da extrativa

Indústria
Indústria / Foto: pixabay

Em relatório referente ao primeiro trimestre de 2024 divulgado nesta terça-feira (16), a CNI (Confederação Nacional da Indústria) prevê uma expansão de 2,1% no PIB (Produto Interno Bruto) industrial e alta de 2,4% no PIB deste ano.

Através do informe, a CNI destacou que a atividade econômica iniciou o ano de 2024 mais aquecida do que as projeções ao final de 2023 apontavam.

A expectativa da indústria é que o crescimento seja mais equilibrado entre os setores, com aumento de 2,0% da indústria da construção e 1,7% da transformação. A previsão é que a indústria extrativa também mantenha crescimento elevado, de 3,1%.

Em relação à indústria de construção, a alta é esperada a partir da queda dos juros, da regulamentação do programa Minha Casa, Minha Vida e o avanço do PC (Programa de Aceleração do Crescimento).

Já o incremento na indústria de transformação deve ser puxado pelo aumento da demanda por produtos industriais, em decorrência do aumento da massa de rendimentos e da expansão do crédito.

Outras previsões da CNI

De acordo com o informe, a inflação deve seguir em desaceleração e terminará 2024 em 3,6%. Além disso, a CNI projeta que o BC (Banco Central) reduzirá a taxa de juros Selic para 9,0% até o final deste ano.

Com relação aos rendimentos do setor, a expectativa é que a massa de rendimento real da indústria tenha crescimento de 4,0%. As expectativas também são positivas com relação às concessões de crédito.

A previsão é que elas cresçam 6,3% neste ano em razão das reduções da Selic e do aumento da massa de rendimentos reais, que contribuem para reduzir a inadimplência e o comprometimento da renda das famílias.

Em relação ao PIB da agropecuária, a previsão é de recuo de 4% neste ano, depois do crescimento excepcional de 2023, de 15,1%. Segundo a representande das indústrias, o motivo da queda é o impacto que o setor vem sofrendo devido ao El Niño.