Apenas 15 fundos multimercados superaram o CDI no primeiro trimestre de 2024. A análise foi feito a partir de um ranking de 106 fundos acompanhados pela Empiricus Research.
João Piccioni, gestor de fundos da Empiricus, disse que a maior parte dos gestores foi pega “no contrapé” e que se deram melhor os que estavam mais defensivos.
De forma geral, os gestores esperavam um fechamento da curva de juros, o que seria possível a partir da dinâmica brasileira, com iPCA (índice de preços ao consumidor amplo), principal medidor da inflação, desacelerando.
Por outro lado, o comportamento da economia nos EUA segue o caminho oposto, com os dados econômicos do país acima do esperado, elevando os juros e o dólar.
O comportamento das taxas nos EUA gera saída de capital estrangeiro do País, pressionando a desvalorização do real. As commodities agrícolas, em baixa no trimestre, também pioraram os termos de troca brasileiros.
O resultado desse cenário desafiador para os gestores é de resgate nos fundos multimercados em favor dos voltados à renda fixa.
No ano, enquanto o primeiro grupo registra uma captação negativa de R$ 32,3 bilhões, o outro soma R$ 140,4 bilhões positivos, segundo os dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
Fundos de renda fixa no exterior batem recorde de R$ 19,3 bi
Os fundos de renda fixa no exterior bateram recorde de patrimônio líquido no mês de março, de R$ 19,3 bilhões, segundo dados da Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais).
O aumento da procura é impulsionado pela busca de investidores pela diversificação da carteira e por um momento mais favorável do mercado.
O valor registrado no mês passado é mais de três vezes maior do que o observado no mesmo período em 2023.