Cenário inflacionário

XP: otimismo recua e projeção para Selic volta a 10%

Equipe econômica acredita que o ritmo de cortes da taxa Selic deverá diminuir nas próximas reunião do Copom

Inflação
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

A XP Research volto atrás em relação à projeção para a taxa básica de juros (Selic) até o final deste ano e fixou novamente em 10%.

A última expectativa da casa, em dezembro, foi de 10% a 9,0%, em um cenário de maior otimismo em relação à inflação.

Segundo os especialistas, as apostas estavam concentradas em um cenário global melhor, com base em corte nos juros dos EUA a partir do primeiro semestre, deflação global de custos e melhoria dos termos de troca do Brasil.

Contudo, a melhora na economia internacional não se concretizou, a medida que, no cenário doméstico, as inseguranças em relação ao fiscal convergem para a inflação.

Agora, a equipe econômica acredita que o ritmo de cortes da taxa Selic deverá diminuir nas próximas reunião do Copom (Comitê de Política Monetária).

Itaú prevê Selic mais alta e alerta sobre ciclo de cortes

Em nova projeção sobre os próximos passos do BC (Banco Central) do Brasil, o Itaú (ITUB4) elevou as expectativas para a taxa básica de juros (Selic) de 9,25% para 9,75%, diante do “aumento dos riscos”.

Além disso, o Itaú (ITUB4) alerta para os riscos do BC encerrar “ainda antes” o ciclo de cortes de juros, diante do risco de alta da inflação no ano seguinte.

O banco aumentou a previsão para o IPCA de 2024 de 3,6% para 3,7%, ao observar uma composição mais adversa. Já a projeção para o IPCA de 2025 passou de 3,5% para 3,6%, “tendo em vista o cenário de expectativas de inflação longas desancoradas e mercado de trabalho ainda apertado”.

Diante dos dados fortes dos setores de varejo e serviços, que indicam um início de ano em ritmo acelerado da economia brasileira, o Itaú Unibanco elevou sua projeção para o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) deste ano de 2% para 2,3%.

Para 2025, o Itaú reduziu sua projeção para o crescimento do PIB de 2% para 1,8%, ao avaliar que o desempenho de 2024 reflete mais surpresas de curto prazo e fatores pontuais concentrados no início do ano, que não devem se repetir em 2025.