O bilionário mexicano Carlos Slim, fundador e controlador do Grupo América Móvil (AMX), afirmou na sexta-feira (19), após uma reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não tem interesse em gerir a Oi (OIBR3), cujo plano de recuperação judicial foi aprovado.
A declaração foi dada em resposta a questionamentos de jornalistas no Palácio do Planalto.
“Estamos planejando investir mais e competir mais”, declarou o empresário. Ele anunciou que pretende investir aproximadamente R$ 40 bilhões no Brasil ao longo dos próximos cinco anos. A marca mais reconhecida do mexicano no país é a Claro.
Oi (OIBR3): Credores aprovam plano de recuperação judicial
A Oi (OIBR3) comunicou ao mercado, na manhã desta sexta-feira (19), que sua assembleia de credores aprovou um plano de recuperação judicial, marcando o segundo processo consecutivo enfrentado pela companhia desde o primeiro pedido feito em 2016.
A companhia, anteriormente considerada uma “campeã nacional” durante os primeiros governos de Luiz Inácio Lula da Silva, declarou que o plano agora deve ser encaminhado à Justiça do Rio de Janeiro, onde está em curso seu processo de recuperação, para ser homologado.
Em fevereiro, a Oi havia anunciado que o plano contemplava a captação de um empréstimo “superprioritário” em reais no valor de 650 milhões de dólares, bem como a venda de participações em empresas, incluindo a companhia de fibra ótica V.tal.
Oi (OIBR3) prepara venda de R$ 15,3 bi em ativos
O novo plano de RJ (Recuperação Judicial) da Oi (OIBR3) foi aprovado pelos credores nesta sexta-feira (19). Sendo assim, foi desbloqueada a venda de R$ 15,3 bilhões em ativos da operadora para auxiliar na quitação da dívida.
Quase 80% dos credores quirografários da Oi aprovaram o plano que prevê a venda da ClientCo, unidade de banda larga da empresa, por R$ 7,3 bilhões. O negócio deve ser concluído em 2025 e recebe assessoria do BTG Pactual (BPAC11) e do Citi.
Além disso, o novo plano de recuperação judicial também integra a venda de participação da Oi na V. Tal-Rede Neutra de Telecomunicações, companhia de fibra ótica que tem o BTG como maior acionista.