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Bancos planejam investir R$ 47,4 bi em tecnologia em 2024

Todos os bancos entrevistados destacaram a segurança cibernética e os sistemas em nuvem como prioridades.

Bancos planejam investir R$ 47,4 bi em tecnologia em 2024
Investimentos dos bancos / Freepik

A Febraban anunciou esta semana os primeiros resultados de uma pesquisa indicando que o orçamento total dos bancos em tecnologia para 2024 alcançará R$ 47,4 bilhões, representando um aumento de 21% em relação aos R$ 39 bilhões de 2023 e mais que o dobro do investido em 2015, que foi de R$ 19,1 bilhões.

Conduzida pela Deloitte, esta é a fase inicial da pesquisa, e a estimativa foi baseada nos dados fornecidos pelos próprios bancos.

Todos os bancos entrevistados destacaram a segurança cibernética e os sistemas em nuvem como prioridades.

Além disso, 96% deles planejam priorizar a inteligência artificial (IA), enquanto 56% mencionaram o blockchain e o Drex, projeto de moeda digital do Banco Central. Apenas 11% citaram a computação quântica como uma prioridade.

Conforme o documento, as instituições devem focar em arquitetura, infraestrutura e ferramentas especializadas para lidar com ameaças cibernéticas.

Isso inclui áreas como segurança em nuvem, gestão de identidades e acessos, testes de invasão, criptografia de dados e informações, além de treinamento e conscientização dos colaboradores.

Investimentos em profissionais de tecnologia

Os dados indicam a necessidade de aproximadamente 10 mil novos profissionais de tecnologia da informação apenas neste ano, podendo chegar a um total de 54,1 mil.

Atualmente, existem 45,3 mil profissionais de TI na indústria bancária, um aumento de 22% em relação ao estudo de 2023. A maioria, cerca de 17,7 mil profissionais (39%), são desenvolvedores de sistemas. Os bancos planejam investir R$ 2,98 bilhões para melhorar as condições de trabalho desses profissionais.

Bancos focam em IA

O estudo da Deloitte revela que a inteligência artificial, especialmente a generativa, está sendo utilizada por 54% dos bancos. Entre as aplicações de IA adotadas pelos bancos estão: biometria facial (75%); chatbot (71%); automação de processos, conhecida como RPA (67%); IA generativa (54%); e inteligência cognitiva (25%).

O sócio-líder da Deloitte para a Indústria de Serviços Financeiros, Sergio Biagini, comentou que “a pesquisa indicou que, para os bancos que já implementaram a IA, a eficiência dos processos bancários aumentou a uma taxa média de 11%”.

O estudo também aponta que neste ano os bancos estão concentrados em diversos aspectos, tais como: experiência do cliente (83%), inovação tecnológica (71%), personalização de produtos e serviços (63%), segurança e privacidade de ponta (58%), responsabilidade social e sustentabilidade (54%), e ofertas integradas de ecossistema (54%).

“A pandemia acelerou o processo de digitalização da tecnologia bancária, juntamente com o nascimento do Pix, a implementação do Open Finance e, no momento, a chegada do Drex, resultando em uma maior oferta de produtos e serviços para nosso cliente. Tudo isto reflete nestas prioridades dos bancos para explorar novos formatos de atendimento e busca por excelência operacional”, afirma Rodrigo Mulinari, diretor responsável pela Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária, em nota emitida pela federação.