Alexandre Silveira (PSD), ministro de Minas e Energia, disse que a Petrobras (PETR4) demonstrou ao Conselho de Administração uma melhoria na geração de caixa, advinda dos movimentos do preço internacional do barril de petróleo e do dólar nas últimas semanas.
Segundo o ministro, tal fato auxilia para que o Conselho decida sobre o pagamento dos dividendos extraordinários da Petrobras.
“Isso está em discussão no conselho. Há elementos novos. A diretoria apresentou melhoria da oxigenação da empresa a partir, naturalmente, do aumento do preço do Brent e também do aumento do preço do dólar. E isso vai ser considerado”, confirmou Silveira após participação no “Seminário Brasil Hoje”, em São Paulo, nesta segunda-feira (22).
Conforme ressaltado por ele, a distribuição desses proventos reflete nas contas públicas, por isso é uma questão a ser “sempre” considerada, de acordo com o Valor Investe.
“Isso está em discussão no conselho. Há elementos novos. A diretoria apresentou melhoria da oxigenação da empresa a partir, naturalmente, do aumento do preço do Brent e também do aumento do preço do dólar. E isso vai ser considerado”, indicou ele.
Silveira comenta atuação e saída de Prates da Petrobras
Segundo o veículo, Silveira se referiu indiretamente a Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, quando não atendeu ao pedido de direcionamento, feito pelo governo em uma reunião realizada em março, de recursos à uma conta reserva de remuneração de capital.
“Não vamos chamar de orientação porque é natural. Até aconteceu isso [a abstenção] de fato, que mesmo sendo os conselheiros indicados pela União, naquela decisão final teve um dos conselheiros que resolveu se abster”, disse.
O ministro de Minas e Energia reforçou que uma decisão sobre a saída, ou não, de Prates do cargo atual cabe ao presidente Lula (PT).
“Repito o que já disse. Todo cargo de confiança do presidente da República, inclusive o meu, deve estar sempre à disposição do presidente da República. Ele decide quem sai ou quem entra”, completou.
“Portanto, sobre a permanência ou não de qualquer membro do governo, é de alçada única e exclusivamente do presidente Lula”, finalizou.